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Hang Loose Pro Contest de volta a Fernando de Noronha

O Hang Loose Pro Contest está de volta ao paradisíaco arquipélago de Fernando de Noronha, no Nordeste brasileiro, e está marcada para acontecer de 28 de fevereiro a 5 de março.

Depois de intervalo de três anos, sobretudo pela pandemia do Covid-19, o evento retorna à ilha como etapa do Circuito Qualifying Series (QS), status 5000, da World Surf League (WSL), sendo a penúltima ‘parada’ da temporada 2022-23 para a classificação dos atletas sul-americanos para o Challenger Series.

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O vencedor da etapa na Praia da Cacimba do Padre receberá 5 mil pontos no ranking sul-americano, bem como o prêmio de 10 mil dólares.

“O Mundo voltou ao normal e o Hang Loose retornou para Noronha, para a casa, que sempre o recebeu bem, que é o melhor palco para um campeonato de surf no Brasil, não só pelas ondas, como pelo ambiente, pelo espírito da ilha, que já se acostumou a ter esse evento. O Hang Loose já faz parte de Noronha”, comemora o empresário Álfio Lagnado, proprietário da SurfCo, fundador da marca Hang Loose e que desde 1986 realiza etapas do Circuito Mundial de Surf, sendo um dos maiores entusiastas da modalidade.

Esta será a 37ª vez que a Hang Loose patrocina uma etapa do Tour, a 16ª edição em Noronha, que começou a receber o tradicional evento ainda em 2000.

A última realização foi em 2020, com vitória do marroquino Ramzi Boukhiam, representante olímpico de seu país nos Jogos de Tóquio e o novo integrante mundial. Em 2019, o vitorioso foi Jadson André, que no ano seguinte voltou a surfar muito bem, chegando até a semi, superado por Ramzi. O mesmo Jadson já havia sido destaque em 2016, com o vice no Hang Loose Pro Contest na praia da Joaquina, em Florianópolis/SC, com vitória do japonês Kanoa Igarashi.

Filipe Toledo em Noronha, por Daniel Smorigo

Nos dois últimos eventos na ilha, os brasileiros campeões mundiais mais recentes, Italo Ferreira, Gabriel Medina e Filipe Toledo marcaram presença. O tricampeão mundial Medina chegou até as quartas-de-final em 2019. No mesmo ano, o campeão mundial e olímpico, Italo chegou na semi, enquanto o atual número 1, Filipinho foi até as quartas de 2020. Com o novo formato do Circuito, a etapa passou a fazer parte do ranking regional da WSL Latam e Álfio vê com bons olhos poder colaborar diretamente com os surfistas sul-americanos, principalmente, os brasileiros, a chegarem na sonhada elite do surf.

“A Hang Loose sempre participou e se adaptou ao formato. Quando começou em 86 não existia divisão, mas já inovamos, porque a premiação era de 28 mil dólares para o primeiro e demos 33 mil. Depois que virou QS e CT, até fizemos alguns do CT no sul do Brasil, paralelamente ao QS em Noronha. Agora com esse formato que a entidade criou, regionalizando as disputas, vamos ajudar os atletas brasileiros a chegarem lá”, afirma Álfio.

Para ele, a expectativa é a melhor possível, sobretudo pelo ambiente que Fernando de Noronha proporciona. “Surfistas à vontade, não tem aquela tietagem de área vip. É descontraído, confraternizando com a Ilha, super natural. Esse é o astral que a gente quer”, explica.

O tour manager da WSL Latam, Roberto Perdigão, que acompanha o Hang Loose Pro Contest desde a sua primeira edição, explica o novo formato do Tour. “Atualmente o circuito regional da WSL Latam é um dos mais concorridos entre as sete regiões da WSL ao redor do mundo e o Hang Loose Pro Contest, por ser o evento mais tradicional do nosso calendário, sempre teve um papel importante na definição dos classificados surfistas brasileiros para o CT.

“Com a mudança do formato, após a pandemia, será a primeira vez que o Hang Loose vai ser disputado como parte do circuito regional, que desde 2021 passou a única via classificatória para o Challenger Series, um novo degrau disputado apenas pelos melhores surfistas de cada região e que ao final de seis eventos define os top 10 homens e as top 5 mulheres que se classificam para o CT do ano seguinte”, esclarece.

* Fotos por Daniel Smorigo

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