Enquanto a comunidade do surf continua debatendo o formato da final do Circuito Mundial de Surf, bem como o título de Filipe Toledo e Caroline Marks, o bicampeão mundial, John John Florence, segue sem se envolver em polêmicas e se dedicando aos seus mais inusitados hobbies. Em nova publicação do Instagram, o havaiano compartilhou fotos de um dia de colheita de mel na sua casa no North Shore.
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Mas essa não é a primeira vez que John John revela sua paixão por abelhas. No começo de 2018, após finalizar a temporada de 2017 levando o título para casa, ele abriu o jogo sobre essa paixão. Ele descreveu as abelhas como “criaturas interessantes” e admitiu que antes de se envolver na apicultura, ele não tinha ideia de quão incríveis esses insetos podiam ser. Segundo suas palavras, “as abelhas são muito mais complexas do que pensamos.”
Quem acompanha um pouco a vida do havaiano sabe que ele é um homem de muitos hobbies e que se dedica em tantas atividades que, provavelmente, nunca fica entediado. Sua lista de interesses vai muito além das ondas e inclui vela, fotografia, pesca, mergulho, aviação e muito mais.
Ainda bem. Até porque este não foi o melhor ano de competição para o bicampeão. John John Florence encerrou a temporada do Circuito Mundial de Surf em 8º lugar, experimentando altos e baixos ao longo do caminho, mas deixando escapar a chance de participar do WSL Finals.
Uma das situações mais controversas da sua temporada ocorreu durante uma bateria em J-Bay, na qual John John perdeu para o australiano – e agora japonês – Connor O’Leary em uma disputa de notas polêmicas. “Depois de assistir ao replay, eu achei que algumas das notas foram altas e outras baixas. Eu achei que a bateria foi bem equilibrada no geral, mas não concordei totalmente com a última onda [de Connor] sendo pontuada tão alta. Então, fiquei um pouco chateado. Eu adoraria ter vencido aquela bateria”, comentou John John em entrevista para a revista Surfer, dos Estados Unidos, que foi publicada no final de agosto.
Além disso, o havaiano parou nas quartas de finais em Teahupoo ao ser duramente derrotado pelo brasileiro Gabriel Medina, em uma bateria que ficou lhe faltando 16.10 para vencer o embate. Diga-se de passagem, vencer o tuberider havaiano na onda dos crânios quebrados não é tarefa fácil, colocá-lo na combi então é quase impossível. Talvez John John não estivesse mesmo nos melhores 30 minutos de sua vida.
Por outro lado, não é que tudo tenha corrido mal para o amante das abelhas. O mais importante ele fez esse ano: garantir a classificação para as Olimpíadas de Paris 2024. Na mesma entrevista para a revista Surfer, ele chegou a mencionar que, no momento, uma medalha olímpica significa mais para ele do que um título mundial – e, de fato, ele não deixa de ser favorito para brigar pelo pódio no Taiti.
Bem, até o ano que vem, John John pode descansar das competições aproveitando o Havaí, seja velejando, mergulhando, pescando ou aprendendo mais sobre abelhas.