O 2º dia do Corona Dream Tour Floripa apresentado por Shell, competição que representa a Divisão Principal da Confederação Brasileira de Surf (CBSurf) e está sendo realizada na Praia Mole, em Florianópolis, começou quente literalmente. O sol deu as caras desde cedo, assim como as ondas, e o campeonato começou não só com lindas manobras, como também com grandes disputas.
As primeiras foram ainda da Fase 1 masculino, com as quatro baterias que faltavam. Destaque para Matheus Gomes, que compete por São Paulo e conquistou um 9.0. Na sequência vieram os duelos da Fase 2, que elevou ainda mais a competição com grandes aéreos e outras manobras que levantaram o público.
O surfista José Francisco, o ‘Fininho’, que representa Santa Catarina e é o atual campeão do estado, fez um dos duelos mais esperados do dia contra Adriano Souza, o Mineirinho, atleta que também compete por Santa Catarina e foi campeão mundial em 2015. A vitória de Fininho empolgou os presentes na Praia Mole, inclusive o atleta, que comemorou bastante no final.
“Não é todo dia que você vence um campeão mundial, e isso é muito importante! É bateria por bateria, pés no chão. Eu entrei muito focado, com muita vontade de vencer. Eu sabia que seria uma bateria boa, pois o Adriano é um campeão mundial, um atleta muito experiente. Eu busquei fazer o meu surfe, mostrar o meu potencial e estou “firmão” para a próxima etapa. Uma vitória como essa anima, é muito bom para a autoestima”, disse José Francisco.
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Outro duelo de gigantes e de grande destaque desta quinta-feira foi entre os atletas de São Paulo, Igor Moraes e Edgard Groggia. Igor, que na quarta-feira tinha se destacado com a terceira melhor onda, estava na frente até a parte final, quando Groggia com um aéreo espetacular conseguiu uma nota 9.17 e levou a bateria. Edgard comentou sobre a disputa acirrada com o grande amigo e classificou essa como a “melhor bateria da vida”.
”Tô muito feliz, foi a melhor bateria da minha vida até hoje! Fiquei na combinação a bateria toda, aí ele quebrou e fez grandes notas, com um nove de backside, mas eu acreditei todo minuto, eu sabia do meu potencial. Mas meu trabalho foi feito, que foi fazer um aéreo e sair da combinação, era meu primeiro objetivo. E a oportunidade veio no final, eu pedi muito e veio a onda, então consegui esse aéreo faltando menos de 3 minutos e tirei acima de nove”, explicou Edgard.
“Fiquei muito feliz de ter passado, de ter feito a melhor bateria da minha vida, ainda mais com uma cara que sou muito fã, que é o Iguinho. É um moleque que tem um surf de borda impressionante, um surfe de aéreo impressionante também, dos dois lados. Tenho certeza de que ele tem grandes eventos pela frente. Eu agora estou amarradão e o Dream Tour continua. Espero manter o mesmo feeling, a mesma constância para fazer outras apresentações aqui”, completou.
Quem também surfou muito, mais uma vez, foi o catarinense Mateus Herdy. O atleta, que recebeu o Wild Card para participar do Corona Dream Tour Floripa apresentado por Shell, teve na sua bateria a maior somatória do dia, com 16.90.
Mulheres no mar
Nessa sexta-feira (01/09) está previsto o início das baterias femininas. Na data também ocorrerá a visita de meninas que participaram do Programa Talento Feminino da CBSurf em Santa Catarina. Brigitte Mayer, lenda do surfe brasileiro, acompanhará as meninas pelo Dream Tour, quando elas conhecerão toda a estrutura do evento e ainda poderão bater um papo com as atletas profissionais.
“A presença dessas meninas das categorias de base nesse Dream Tour, como em outras etapas, mostra a elas que o surfe é um lugar de pertencimento. Elas têm aqui um futuro pela frente, elas podem vislumbrar participar num futuro bem próximo da categoria profissional no melhor circuito brasileiro. Talvez o melhor circuito nacional do mundo. Trata-se de uma competição que tem essa ferramenta de mostrar a essas novas atletas que existe um caminho a ser percorrido”, disse Brigitte Mayer, vice-presidente Feminina da CBSurf, que avaliou as disputas que ocorrerão amanhã entre as profissionais.
“As meninas estão em um nível excelente. Estamos acompanhando esse engajamento delas e como elas estão se apresentando nas etapas. Não tenho dúvida que será mais um show de surfe. Hoje em dia não tem mais bateria fácil, é difícil escolher em que bateria cair pois é só pedreira. Então o público vai ver a força da mulher no esporte”, concluiu ela.
A janela do campeonato tem um prazo de 9 dias e vai até 7 de setembro, mas pode ser finalizada em 5 dias. O objetivo deste período é ter um tempo maior para realizar as baterias nas melhores condições de ondas possíveis, sempre analisando as previsões para todos os períodos.
Para mais informações sobre o sobre o Dream Tour 2023 siga @dreamtoursurf no Instagram.