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“Devem as WSL Finals terem um asterisco sem Medina nem Florence?”

“Devem as WSL Finals terem um asterisco sem Medina nem Florence?”, perguntou o site Theinertia em texto publicado no dia 7 de setembro, antes mesmo de os Top 5 darem início aos trabalhos na disputa pelo caneco da temporada 2022 da WSL.

Mas, enfim, Gabriel Medina e John Florence, que participam do Tour da WSL em tempo integral desde 2011, foram os dois melhores surfistas nos sete últimos anos. Desde 2014, a dupla conquistou cinco títulos mundiais (Medina em 2014, 2018 e 2021 e JJF em 2016 e 2017). Nesse período, apenas Adriano de Souza (2015) e Italo Ferreira (2019) conseguiram seus respectivos canecos.

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A partir de então, o jornalista Ben Mondy lança mão da pergunta: “Que gosto tem um título mundial sem Medina nem John John, ausentes por lesão, no páreo?”

“Medina é provavelmente a omissão mais gritante. Desde 2015, o brasileiro conquistou mais vitórias no CT do que qualquer outro competidor e domina seus rivais mais próximos em confrontos diretos. Em 2021, ele entrou nas finais da WSL com 13.000 pontos de classificação à frente de Toledo. Uma temporada da WSL não havia presenciado tal dominação desde o auge de Slater. De muitas maneiras, o formato das finais foi justificado pela vitória de Medina”, pontuou Mondy.

Após a vitória de 2021, Medina citou exaustão e problemas de saúde mental quando anunciou um ano de folga.

Quanto a John John Florence, o havaiano vive uma sucessão de lesões que o impediram de mais títulos mundiais. Em meados de 2019, depois de vencer dois eventos e estar no topo do ranking do CT, Florence rompeu o ligamento cruzado. E a cada ano, lutou contra reveses sérios, muitas vezes recuperando a forma de modo brilhante.

No entanto, desde seu último título mundial em 2017, John John Florence surfou 21 eventos de 39 possíveis. Mesmo assim, apesar de participar de cinco eventos do circuito mundial por ano, John John terminou como em 12º, 11º e 7º do mundo nas recentes três temporadas. Sendo assim, dificilmente ficaria de fora do bolo dos Top 5. Alguém discorda?

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Mas espere lá: ninguém diz que os Top 5 da quinta-feira, 8, não são finalistas dignos nem potenciais campeões mundiais. Filipe Toledo batia à porta há uma década. Italo surfou tudo o que pôde em busca do seu bi, mas nada que o boi brabo fazia, parecia ser suficiente para bater Toledo em seu quintal. E a tríade Kanoa, Jack e Ethan, mostrou potencial para muito mais.

E aí é que entra a graça da coisa, ou destino, ou as coisas como são, como dirão fatalistas.

Lá em 1999, Slater, então hexacampeão mundial, tirou três anos de folga do circuito mundial de surf. “Difícil acreditar que tanto Sunny Garcia quanto Occy teriam conquistado seus títulos mundiais se Kelly não tivesse feito uma pausa. Medina, este ano, acrescentou a esse precedente”, opinou o jornalista.

Entretanto, sem os dois titãs do Tour da WSL, o show continua. E uma mistura de destino, timing e circunstâncias específicas, catapultou o circuito mundial para uma final realizada sem a presença da dupla.

Talvez isso possa ser chamado de “fator sorte grande” para Toledo? Que na quinta-feira, 8, colheu os louros de tanto afinco e determinação junto ao seu talento. Muito embora ele não tenha vencido os melhores do mundo.

O jornalista achou que “foi uma chatice” não ter Medina nem Florence entre os Top 5. Bem que nós gostamos do show de performance na marola. E, nesse meio tempo, lembramos de uma frase do Michael Jordan que caiu como uma luva diante do contexto:

“Quanto mais eu trabalho, mais sorte e sucesso eu tenho”.

E aí, o que você achou da vitória de Toledo?

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