Em reunião realizada pela comissão eleitoral da CBSurf, a chapa “Nação Surfa Brasil”, presidida por Teco Padaratz, foi impedida de concorrer à eleição para a escolha da nova diretoria da entidade marcada para o dia 22 de fevereiro.
Por 2 votos a 1, a comissão decidiu que o presidente da Nação Surf Brasil adotou procedimentos que ferem a ética eleitoral.
Há cerca de um mês, Teco Padaratz teve áudios de WhatsApp vazados por aliados de Adalvo Argolo, presidente afastado da CBSurf por decisão judicial.
Nos áudios, que reproduziam uma conversa particular de Teco com um presidente estadual de federação, Teco falava em “ter como fazer as coisas acontecerem não só pelas vias normais, mas também por outras vias” e “então fica bem tranquilo, porque o surf brasileiro mal me conhece nesse lado.”
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Como resultado imediato da votação, duas chapas estão habilitadas para a eleição. A de Marcelo Barros, presidente da Federação Baiana, e a de Adalvo Argolo.
No entanto, a esta decisão cabe recurso ao Centro Brasileiro de Mediação e Arbitragem (CBMA). O que indica que a situação na CBSurf permanecerá instável, pois a Chapa Nação Surfa Brasil possivelmente acionará a justiça.
Um cenário péssimo para o esporte, uma vez que diante desse quadro de brigas, a CBSurf acabou por ficar sem qualquer segurança institucional nos últimos meses.
A disputa por poder na entidade afastou potenciais empresas e investidores interessados em se associar ao surf nacional. Além disso, até mesmo o COB (Comitê Olímpico Brasileiro) não pode enviar recursos, o que acarretou um prejuízo incalculável ao desenvolvimento do esporte.