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CBSurf alugou imóvel da esposa de Adalvo Argolo com dinheiro público

CBSurf usou dinheiro público para alugar imóvel pertencente à esposa do então presidente; ao mesmo tempo, fornecia outro endereço ao Ministério do Esporte

Por Redação HC

Desde o fracasso da ida da equipe brasileira para os ISA Games, no Japão, em setembro deste ano, alguns holofotes têm sido jogados sobre a administração da CBSurf, confederação filiada ao COB (Comitê Olímpico Brasileiro) e responsável por parte do processo de qualificação dos surfistas que vão representar o Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.

O repórter Demétrio Vecchioli, do blog Olhar Olímpico, tem feito algumas descobertas interessantes sobre o caso. Primeiro, publicou sobre a estranha divergência entre o endereço fornecido pela CBSurf ao COB e ao Ministério do Esporte e o seu real local de funcionamento. Você pode ler sobre isso aqui. Esse divergência motivou o afastamento de Argolo da presidência da confederação.

Agora, ele traz uma informação ainda mais contundente. A divergência de endereços fornecidos se deu porque, apesar de seguir funcionando em seu local antigo, a CBSurf passou a alugar um outro imóvel. Imóvel este que pertence à defensora pública Gisele Aguiar Ribeiro Pereira – esposa de Adalvo Argolo.

Vecchioli teve acesso a um recibo assinado por Gisele, confirmando o pagamento do aluguel pela CBSurf. Ele entrou em contato com Argolo mais de uma vez, e o presidente afastado da CBSurf mudou sua versão entre elas.

A irregularidade teria sido descoberta pelo COB durante a prestação de contas da confederação.

O repórter do Olhar Olímpico lembra que “Prestar contas de recursos públicos não deveria ser uma novidade para Argolo. Entre 2009 e 2012, a Federação Baiana de Surfe, então comandada por ele, firmou sete convênios com a Sudesb (Superintendência dos Desportos da Bahia). Em 2012, a CBSurfe foi quem passou a receber os recursos para realizar os mesmos eventos que antes eram da federação. Em quatro anos, até 2016, foram 15 convênios, de valores que variam de R$ 150 mil a R$ 200 mil, num total de R$ 2,3 milhões. Por estes acordos, Argolo teve de prestar contas ao poder público“.

Leia a reportagem na íntegra aqui.

 

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