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Brasileiros fazem boa estreia na 2ª etapa do Challenger Series, em Portugal

MEO Vissla Pro Ericeira abriu a segunda etapa do WSL Challenger Series, com vitórias brasileiras no domingo de ondas de 3-5 pés em Ribeira D´Ilhas, Ericeira, Portugal.

Deivid Silva ganhou a primeira bateria com o uruguaio Marco Giorgi passando em segundo e a seguinte terminou com dobradinha verde-amarela de Marcos Correa e João Chianca. Ian Gouveia também estreou com vitória e mais quatro avançaram em segundo lugar, o campeão mundial Italo Ferreira, o defensor do título desta etapa em Ericeira, Samuel Pupo, Thiago Camarão e Mateus Herdy.

A primeira fase masculina continua na segunda-feira, com a 19.a das 24 baterias começando as 8h00 em Portugal, 4h00 da madrugada no Brasil.

Diferente do US Open of Surfing na Califórnia, o saldo do primeiro dia do Brasil no MEO Vissla Pro Ericeira foi positivo, com oito classificações contra seis eliminações. Mais sete ainda vão competir em cinco das seis baterias que ficaram para fechar a rodada inicial na segunda-feira.

2ª etapa do Challenger Series em Portugal
Italo Ferreira dando seu show para a torcida em Ericeira. Foto: WSL / Damien Poullenot

O uruguaio Marco Giorgi despachou o espanhol Vicente Romero e o francês Tristan Guilbaud, no confronto que abriu o WSL Challenger Series de Portugal, vencido por um dos titulares da “seleção brasileira do CT”, Deivid Silva. Na segunda bateria, Marcos Correa também mostrou a força do seu backside numa onda detonada por uma série de cinco manobras, que valeram 7,67. Essa nota lhe garantiu a vitória e João Chianca confirmou a dobradinha brasileira, sobre o australiano Reef Heazlewood e o japonês Shuji Nishi.

Depois dessa dupla classificação, vieram duas eliminações de surfistas que já fizeram parte da divisão de elite da World Surf League, Willian Cardoso e Wiggolly Dantas, na quinta e na sexta bateria, respectivamente. Na sequência, quatro brasileiros se classificaram em segundo lugar, Mateus Herdy na nona bateria, Thiago Camarão na 11.a, a grande atração, Italo Ferreira, na 12.a e o defensor do título nas ondas de Ribeira D´Ilhas, Samuel Pupo, na 13.a.

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Toda a expectativa do público que encheu a praia no domingo, estava voltada para a estreia do campeão mundial de 2019, que conquistou a primeira medalha de ouro da história do surfe nas Olimpíadas. Italo começou com uma onda fraca, mas a segunda direita que surfou foi melhor e abriu a parede para ele atacar cinco vezes, com as duas últimas manobras mais explosivas para receber nota 8,00 dos juízes.  Depois, pegou uma esquerda para voar em um aéreo rodando de frontside e finalizar a onda na areia, bem perto da torcida.

Com a nota 5,23 recebida, o potiguar abriu uma boa vantagem sobre seus adversários. Mas, o japonês Hiroto Ohhara roubou a cena nos minutos finais. Ele surfou muito forte duas ondas seguidas, para ganhar notas 7,23 e 8,40 e registrar um novo recorde de 15,63 pontos no WSL Challenger Series 2021. Italo ainda pega outra direita no minuto final, para buscar os 7,64 pontos da vitória, mas só consegue 6,80 e se classifica com 14,80 no total, eliminando Ian Gentil e o português Tomas Fernandes.

Depois do campeão olímpico fazer sua primeira apresentação, entrou o medalha de prata na final dos Jogos de Tóquio com o brasileiro. O japonês Kanoa Igarashi já começou forte a bateria, fazendo uma série de manobras que arrancaram nota 8,50 dos juízes. O campeão da última etapa da WSL disputada em Ericeira em 2019, Samuel Pupo, seguiu seu ritmo com nota 6,50 na primeira onda. Na segunda deles, Kanoa somou 6,60 para vencer por 15,10 pontos e Samuca conseguiu a maior nota brasileira do dia, 8,23. Com ela, garantiu o segundo lugar por 14,73 pontos, contra 11,24 do capixaba Rafael Teixeira e 10,70 do australiano Kalani Ball.

2ª etapa do Challenger Series em Portugal
Deivid Silva venceu a primeira bateria do MEO Vissla Pro. Foto: WSL / Damien Poullenot

Outra dobradinha brasileira foi frustrada no confronto seguinte, pelo norte-americano Patrick Gudauskas. Esta 14.a bateria foi mais fraca de ondas, mas Ian Gouveia, feliz pelo nascimento da sua segunda filha, conseguiu a maior nota na última que surfou. Com o 5,73, totalizou 10,60 pontos para passar em primeiro lugar na praia onde seu pai, Fabio Gouveia, conquistou em 1994, a segunda das suas sete vitórias em etapas do WSL Qualifying Series. Gudauskas avançou junto com Ian, superando Edgard Groggia por 9,90 e 8,20 e o espanhol Aritz Aranburu ficou em último.

Outro surfista que começou bem na batalha pelas vagas para o CT 2022 no US Open, foi barrado em mais uma dupla eliminação sul-americana. O carioca Lucas Silveira estava no G-12 e não passou da sua estreia na praia de Ribeira D´Ilhas, onde ele ganhou o título mundial Pro Junior da WSL de 2015. Em uma bateria muito disputada, o brasileiro ficou em terceiro com 10,80 pontos e o peruano Miguel Tudela em último com 10,20, contra 11,76 do francês Kauli Vaast e 11,60 do australiano Wade Carmichael, que se classificaram.

Dos 21 brasileiros que formaram o maior pelotão entre os 96 participantes do MEO Vissla Pro Ericeira, 14 competiram no domingo conquistando 3 vitórias e mais 5 classificações em segundo lugar, com seis sendo eliminados em terceiro nas baterias. Mais sete vão estrear em cinco dos seis confrontos restantes da primeira fase, que ficaram para abrir a segunda-feira, a partir das 8h00 em Portugal, 4h00 da madrugada no Brasil.

O MEO Vissla Pro Ericeira está sendo transmitido ao vivo de Ribeira D´Ilhas pelo WorldSurfLeague.com e pelo aplicativo grátis da WSL, lembrando que o fuso horário de Portugal é de 4 horas a mais do Brasil, então se a competição começar as 8h00 na Reserva Mundial de Surf de Ericeira, serão 4h00 da madrugada no horário de Brasília.

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