Em mais um incidente alarmante em Elliston, região sul da Austrália, um surfista de 64 anos foi atacado por um tubarão-branco a apenas 200 metros da praia onde há duas semanas ocorreu a trágica morte de um adolescente em outro ataque.
O homem, que foi mordido na perna, conseguiu remar sozinho até a costa. O ataque ocorreu uma única vez, de baixo para cima, com a prancha recebendo a maior parte da mordida. Em seguida, ele recusou ajuda de uma ambulância e dirigiu seu próprio carro apressadamente até o hospital mais próximo, de onde foi transferido de helicóptero para o Royal Adelaide Hospital.
Uma imagem de sua prancha de surfe mostra uma parte arrancada durante o ataque ocorrido nesta terça-feira, por volta das 15h. O surfista, identificado como Murray, teria declarado após o ataque, segundo o site Beach Grit, para “ninguém entrar na água”. Ele relatou que precisava de pontos, mas estava “bem” e encontra-se em condição estável.
Esses incidentes recentes somam-se a uma série de ataques na região. Em maio do ano passado, Simon Baccanello, de 46 anos, foi morto por um tubarão enquanto surfava próximo a Ellison. Ele alertou as crianças na água antes de desaparecer: “Não se preocupem, cheguem à costa”. Em seguida, não foi mais visto. Somente a prancha do professor foi encontrada com marcas de mordida.
Em novembro, o surfista Tod Gendle, de 55 anos, foi morto por um tubarão-branco de 13 pés ao sul de Streaky Bay. Apenas uma semana depois, Bridgette O’Shannessy, de 32 anos, foi brutalmente atacada enquanto nadava ao largo da costa sul de Adelaide, sofrendo lesões na cabeça e danos nervosos graves, além de ter que remover os dentes do predador de seu crânio.
O político sul-australiano Peter Malinauskas expressou sua preocupação com a stuação, mencionando que o número de ataques de tubarão-branco nesta temporada é “preocupante”.
“Tivemos 11 ataques fatais de tubarão na Austrália do Sul desde o ano 2000, então o fato de termos visto três nesta temporada é alarmante e preocupa“, declarou Malinauskas.
Autoridades e especialistas estudam as causas do aumento do número de ataques e quais medidas cautelares deverão ser tomadas nos próximos dias. Por hora, a recomendação é consultar diariamente os boletins sobre avistamentos de tubarões e evitar entrar no mar.