No início de agosto, o norte-americano Blaine Shelton (42) podia se considerar um homem de sorte. Ele havia escapado, aparentemente sem lesões sérias comprometedoras, de um ataque de tubarão em Crystal Beach, no Texas. O problema seria descoberto duas semanas mais tarde. Blaine afirma que contraiu uma bactéria que se alimenta de carne humana, que pode causar amputações e levar à morte.
No último dia 16, ele lançou uma campanha online para arrecadar recursos e continuar seu tratamento. Segundo o canal de televisão Khou11, acredita-se que as despesas podem chegar à casa dos 100 mil dólares. Blaine é um funcionário de construção civil e está impossibilitado de trabalhar desde o acidente.
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Blaine estava nadando a cerca de 70 metros da praia quando viu a barbatana de um tubarão. Quando começou a nadar de volta, foi mordido na perna. Por sorte, o tubarão não persistiu e ele pode nadar até à praia, onde recebeu primeiros socorros e foi encaminhado ao hospital.
Nos dias seguintes, a ferida não cicatrizou corretamente e ele começou a sentir dores cada vez mais fortes na perna. No retorno ao hospital, foi diagnosticado com a bactéria.
“Eu ouvi dizer que havia bactérias na água, mas nunca levei isso a sério”, disse ele ao canal de TV. “Mas, para falar a verdade, se você tiver qualquer arranhão em alguma parte do seu corpo, não entre na água”.
Segundo o site especializado Health.com, cerca de 100 pessoas morrem por ano nos Estados Unidos por infecções da bactéria Vibrius vulnificus. Ela é encontrada em áreas costeiras ou de água salgada em geral. Pode ser contraída pelo contato da água com feridas expostas no corpo ou até mesmo pela ingestão de alimentos contaminados, como ostras, um dos principais vetores de trasmissão da bactéria.
No Brasil, casos são raros, mas não inéditos, e ocorrem principalmente na faixa litorânea que vai de Santa Catarina até o Espírito Santo.
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Texto: Redação HC
Imagem: Reprodução/Khou11