Apesar da recuperação verificada no ano passado, a agência das Nações Unidas recomendou em junho que o maior sistema de recifes do mundo, conhecido como a Grande Barreira de Coral, na Austrália, fosse colocado na lista de espécies ameaçadas por causa dos danos aos corais causados em grande parte pela mudança climática e, por isso, deverá ser tomada uma decisão a esse respeito esta semana.
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O Instituto Australiano de Ciência Marinha (AIMS) afirmou que os corais estão atualmente numa “janela de recuperação” depois de uma década de stress térmico e ciclones.
Os cientistas pesquisaram 127 locais de recife em 2021 e descobriram que a cobertura de corais duros aumentou em 69 dos 81 locais pesquisados nos últimos dois anos, divulgou hoje a AIMS no seu relatório anual.
Britta Schaffelke, diretora do programa de pesquisa da AIMS, disse à AFP que as últimas descobertas fornecem “um vislumbre de esperança” de que o recife “ainda tenha resiliência”.
Contudo, acrescentou que “as perspectivas para o futuro ainda são muito más devido aos perigos da mudança climática e outros fatores que afetam os organismos que compõem o recife”.
Além de seu valor natural, o recife valia cerca de 4,8 mil milhões de dólares por ano em receitas de turismo para a economia australiana antes da pandemia do novo coronavírus.