Mais de 1 milhão de pessoas assinaram petiçoes online solicitando que os blocos de exploração de petróleo no Parque Nacional Marinho de Abrolhos não fossem leiloados
Por Redação HC
O Congresso decidiu hoje (10/10) o futuro dos blocos de exploração de petróleo que foram a leilão na na 16ª Rodada de Licitações de Blocos Exploratórios da Agência Nacional do Petróleo (ANP). O Parque Nacional Marinho de Abrolhos, no litoral sul da Bahia, um dos locais de maior biodiversidade da região, ficou fora dos lotes de venda após a forte pressão de ambientalistas que, por meio de petições online, engajaram a população a defender o território.

Foram mais de 1 milhão de assinaturas, a maioria delas movimentada pela ambientalista Tamires Felipe Alcantara, que conseguiu um total de 980 mil nomes: “Nosso objetivo com essa ação é fazer com que as empresas participantes da licitação coloquem o meio ambiente acima de qualquer outra questão e desistam de compras que podem afetar áreas de preservação”, ressaltou em entrevista.
Rafael Sampaio, diretor executivo da Change.org Brasil, plataforma que Tamires utilizou para realizar a petição, rebateu o argumento da ANP que justificava a venda do bloco afirmando que este se encontrava a 300km das áreas de preservação de Abrolhos: “a lama da tragédia de Mariana, em 2016, percorreu um total de 600km contaminando tudo por onde passava. Não podemos considerar segura a distância dos blocos de petróleo para as áreas de preservação”, afirma Sampaio.
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