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Conheça a história da primeira organização internacional de surf feminino

Nesse mesmo dia 08 de março de 1975, um grupo de surfistas mulheres fundou a Women’s International Surfing Association (WISA), a primeira organização competitiva de surf feminino da história.

Inspiradas pela falta de oportunidades no mundo do surf, elas decidiram então criar sua própria liga após várias tentativas de serem incluídas no circuito profissional existente na época, o IPS – International Professional Surfers (que anos mais tarde viria a se tornar a ASP e, em seguida, a atual Liga Mundial, a WSL).

Mary Setterholm foi uma das figuras-chave na fundação da Women’s International Surfing Association (WISA). Originária da Califórnia, ela foi uma proativista incansável na luta por oportunidades para surfistas mulheres no mundo do surf competitivo. Após diversas tentativas frustradas de persuadir Fred Hemmings, uma figura proeminente no surfe profissional da época, a incluir as mulheres nos eventos competitivos, Setterholm decidiu agir por conta própria.

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Determinada e empenhada, ela liderou esforços para arrecadar fundos e viajou até o Havaí para se encontrar com Hemmings. No entanto, ao perceber que suas tentativas não estavam surtindo efeito, ela voltou para casa com a convicção de que as mulheres precisavam estabelecer sua própria liga de surf.

Reunião inaugural da WISA, março de 1975. Membros fundadores do conselho, da esquerda para a direita: Shannon Aikman, Liz Shelky, Jericho Poppler, Linda Westfall, Pam Maher, Mary Setterholm. Foto: WISA arquivos

Foi então que, juntamente com outras surfistas determinadas, Setterholm desempenhou um papel fundamental na criação da WISA, no Dia Internacional da Mulher de 1975, proporcionando uma estrutura profissional para o surf feminino, além de atrair a atenção da mídia para a causa.

Com um conselho de administração composto por mulheres influentes no mundo do surf, como Jericho Poppler e Mary Lou Drummy, a WISA organizou eventos amadores e profissionais em sua primeira temporada, recebendo grande cobertura das revistas especializadas da época.

Embora enfrentasse dificuldades financeiras nos anos seguintes, a WISA deixou um legado duradouro ao abrir caminho para gerações futuras de surfistas mulheres. Um movimento iniciado por mulheres visionárias, que desafiaram as normas e pavimentaram o caminho para o reconhecimento e a igualdade no mundo do surf.

Se hoje vemos performances espetaculares como essas de Molly Picklum na temporada havaiana da WSL este ano, muito se deve à semente plantada pela WISA.

Fonte: Surfing Walk of Fame

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