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O bicho vai pegar: shaper Matt Biolos convoca torcida para Griffin Colapinto na WSL Finals

Matt Biolos, shaper das pranchas Mayhem, assinou um fervoroso manifesto, publicado no Instagram de Kolohe Andino, convocando torcedores a comparecer a Trestles para apoiar o surfista local, Griffin Collapinto, na WSL Finals:

“Você é surfista? Morando em San Clemente? Morando no sul da Califórnia? Um fervoroso, ou até mesmo casual, seguidor de competições de surf? Você tem um sentimento de apoio à sua comunidade local ou maior? Cumpra seu dever em setembro, quando for feita a convocação e acontecerem as finais da WSL. Fuja do trabalho, da escola e de outras responsabilidades mundanas para apoiar um filho nativo, enquanto ele defende seu território local, seu surf local, contra os melhores do mundo. Suporte ele. Fique na frente, com a água pelos joelhos sobre as pedras, torcendo, e faça ele saber que você está aqui. Na frente. Apoiando ele. Não deixe que as hordas invasoras sejam ouvidas. Silencie-os com nosso orgulho local. Com a nossa paixão local. Griffin Colapinto, de San Clemente. Filho de uma professora. Enfrentará o mundo e lutará pelo título mundial de surf. No seu pico local. Em setembro. As ondas chamam o dia. É muito importante estar lá. Na frente. Apoiando ele. Torcendo. Torcendo por Griffin. Torcendo pela sua comunidade. Todos.”

Considerando que dois brasileiros, o atual campeão mundial, o ubatubense Filipe Toledo, e o filho de Saquarema, João Chianca, também estão entre os cinco primeiros colocados do ranking da WSL, que irão disputar o título mundial em Trestles, entre 8 e 16 de setembro, é uma certeza que a praia estará lotada pela torcida verde amarela. O que deve ter sido um dos principais motivos dessa convocação tão enfática feita por Biolos, que é o shaper de Griffin. Ele sabe o quanto a vibração em terra pode ser decisiva para o resultado dentro d’água. E sabe também o quanto os gringos costumam ser mornos nesse aspecto. Ao contrário do brazucas, que pegam fogo.

A comunidade de surfistas brasileiros é grande na Califórnia, com vários inclusive morando em San Clemente e arredores. Como o próprio Filipe Toledo, que tem em Trestles o seu campo de treino diário. Posicionado em primeiro lugar no ranking, a apenas duas baterias de conquistar o bi mundial, é certo que uma boa parte de torcida, senão a maior, estará gritando seu nome a pleno pulmões a cada manobra executada. “Vai Filipinho”.

Se João Chianca, quarto no ranking, vencer seu confronto contra o australiano Jack Robinson, o quinto colocado, ele avança para enfrentar o terceiro no ranking, outro australiano, Ethan Ewing. Isso se Ewing não der W.O., devido à séria lesão na coluna sofrida por ele durante uma sessão de treinos que o retirou da disputa do evento em Teahupoo, no Taiti. Caso passe por Ethan, de uma maneira ou de outra, João Chianca terá que encarar, e vencer, Griffin surfando no seu pico local. Difícil, mas não impossível. E aí a disputa para o título mundial teria uma torcida única, já vencedora de antemão, a brasileira.

Mas, numa previsão mais realista, considerando que a lei das probabilidades indica que a final ocorra mesmo entre Filipe Toledo, que já tem seu lugar garantido nela, e Griffin Colapinto, segundo no ranking, que precisa vencer apenas uma bateria para chegar lá, dá para imaginar a batalha que será travada pelas torcidas. Batalha que tem tudo para engrandecer o espetáculo, desde que fique restrita apenas ao gogó e aceno de bandeiras. O que, no surf, historicamente, é o que costuma acontecer. Por mais fervorosos que sejam os manifestos incitando a torcida a calar as “hordas invasoras”.

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