No universo do surf profissional, uma regra de exclusividade imposta pela World Surf League (WSL) aos competidores do Championship Tour (CT) tem gerado intensos debates nos bastidores do esporte. Durante uma entrevista ao Let’s Surf Podcast, apresentado por Guilherme Dorini, o surfista brasileiro Michael Rodrigues trouxe à tona a preocupação sobre essa regra que proíbe os surfistas do CT de participar de qualquer outra competição profissional.
A regra em questão impede que os competidores da elite mundial do surf, mesmo após não se classificarem para as etapas posteriores do CT devido ao corte de meio de ano, possam competir em outras competições profissionais que não sejam ligadas à WSL, incluindo eventos regionais ou nacionais.
Durante a entrevista, Michael Rodrigues expressou sua frustração em relação a essa regra. Ele revelou que, mesmo após ter sido cortado do CT no meio da temporada, não têm permissão para competir em eventos alternativos, como o Dream Tour, o campeonato brasileiro da CBSurf.
As preocupações levantadas por Rodrigues não são isoladas. Teco Padaratz, presidente da Confederação Brasileira de Surf, também abordou esse problema no podcast Surf 360º. Padaratz destacou como essa regra impacta negativamente os surfistas brasileiros, limitando suas oportunidades de competir e ganhar prêmios.
A exclusividade imposta pela WSL deixa surfistas como Michael Rodrigues com poucas opções para competir no cenário profissional. Ficando restrito às etapas do Challenger Series e do Qualifying Series (QS), ele se vê obrigado a enfrentar desafios financeiros. As competições do QS e do CS geralmente oferecem prêmios menores em comparação com as etapas do CT e, ao mesmo tempo, exigem altos investimentos em despesas de viagem e logística.
Michael Rodrigues revelou que tentou inúmeras vezes uma resposta da WSL, mas não obteve retorno. Em resposta a essa situação ele está buscando reverter essa decisão por meio de assistência legal com o auxílio de um advogado. Assista ao depoimento:
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