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Marcio Freire: permanece legado da essência do surfista de alma

A comunidade do surf segue de luto desde o adeus de um de seus gigantes, o baiano Marcio Freire, que morreu na última quinta-feira, 5/1, enquanto surfava Nazaré. Ele tinha 47 anos e deixa, além das saudades, sua marca de surfista de alma que perseguia as ondas com a vontade intensa e infinita do coração, pelo prazer de surfar e realizar seus sonhos.
Freire se foi mas seu legado permanece conosco e nos instiga buscar nossos sonhos e enxergar o surf sob a pura ótica da paixão.

+ Comunidade do surf lamenta morte de Marcio Freire

Em recente matéria, relembramos uma entrevista com este Mad Dog sinistro, sangue absurdamente bom, que redefiniu o surf de ondas grandes no mundo com sua iniciativa em Peahi com os próprios braços, ao lados dos parceiros Danilo Couto e Yuri Soledade.

A seguir você confere recente entrevista com Freire na qual ele reforça o comprometimento visceral com o surf, exaltando o que há de mais puro na relação entre homem e prancha: o surf de alma.

Em um papo com o canal Let’s Surf, Marcio Freire falou sobre sua vida de free surfer no Havaí e muitas outras coisas. 

Apesar de ser considerado uma lenda do surfe de ondas gigantes, tendo sido um dos primeiros a desbravar a onda de Jaws na remada, o Mad Dog disse que nunca viveu do surf e que consegue “contar nos dedos” as vezes em que ganhou dinheiro com o esporte.

Dorini pergunta a Freire se a mete do big rider era viver de surf e comenta “Imagino que era difícil”. E o Mad Dog responde:

“É… Eu me mantinha…Trabalhei com tudo o que podia fazendo dinheiro para me autopatrocinar, mas já não tinha mais aquele intuito de viver do surf; eu vivia pro surf, me autopatrocinava. Nunca vivi do surf, nunca ganhei dinheiro com surf; tive pouquíssimas vezes, contadas no dedo, dinheiro que veio do surf, que foi em 2015, tomei uma das maiores vacas, ganhei 1000 dólares; e quando rolou nosso documentário dos Mad Dogs que ganhei um dinheiro; eu também tinha uns apoios ali, mas era mais soul surfer mesmo e não ligava muito.. E como as empresas nos EUA não iam patrocinar um brasileiro e eu estava fora do Brasil, era mais difícil de negociar, e eu também não corria muito atrás porque estava me bancando, vivendo minha vida, e era aquilo mesmo, trabalhar pra me autosustentar e me autopatrocinar.”

O entrevistador interrompe e pergunta se Freire se fica algum arrependimento.

Solta o play no vídeo e confira a resposta de Freire:

Vídeo: You Tube / Let’s Surf

Conosco, além das saudades profundas, permanece a aura desse incansável Mad Dog que nos inspira para sempre a ir atrás dos nossos sonhos com coragem – coração.

Descanse em paz, camarada.

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