Em episódio recente do podcast The Grit!, David Lee Scales e Chas Smith debateram sobre os perigos de vida na onda de Teahupo’o para os surfistas por conta das Olimpíadas em um pico assombroso como esse no Tahiti.
Para David Lee Scales, trata-se de ‘um ato de negligência intencional que beira a sociopatia’.
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Após o episódio, segundo escreveu o site BeachGrit, cresce o medo de que os surfistas de países sem muita tradição e cultura surf, para quem a honra é tudo, quando se depararem com um Teahupo’o de três metros, escolham a opção de morte ou glória em vez de prudência e uma saída antecipada das Olimpíadas.
O último atleta a ser morto durante os Jogos Olímpicos foi o primeiro maratonista de Portugal, Francisco Lázaro, que morreu de exaustão pelo calor por volta dos 30 quilômetros durante os Jogos de 1912.
Os Jogos de 2024, que acontecem de 27 a 29 de julho de 2024, contarão com 48 surfistas, 24 atletas do sexo masculino e 24 do sexo feminino, oito a mais em comparação com Tóquio 2020.
Acontece que Teahupo’o é uma onda tão intimidadora, que mesmo um cara tarimbado e ultratalentoso, como o atual campeão mundial Filipe Toledo, amarelou para essa onda ultraintimidadora.
Em sua recente apresentação em Teahupo’o, em uma etapa antes de se consagrar campeão mundial na marolada Trestles, Filipe Toledo engasgou em ondas perfeitas de dois metros e meio, mantendo a prioridade por quinze minutos enquanto Slater e Hedge alternavam tubos sob seu nariz.
Enfim, Teahupo’o é sinistra e nós podemos atestar isso do conforto dos nossos sofás.
Por outro lado, a destemida Maya Gabeira quase morreu em Teahupo’o, em 2011, em um dia considerado grande demais pelo maior surfista de todos os tempos, Kelly Slater veja no vídeo abaixo).
Depois disso, em uma DM para Gabeira, Slater escreveu: “Você está despreparada. Você está colocando em risco as pessoas ao seu redor quando elas precisam entrar e te resgatar em tais cenários. Eu acho que se você continuar fazendo o que está fazendo, você vai morrer. Então eu sugiro que você pare.”
Para o site BeachGrit, conselhos como esse de Slater a Maya, podem literalmente salvar competidores menos famosos nos casos de grandes swells em Teahupo’o.
“Aconteça o que acontecer, muito bom para a televisão”, sinalizou o BeachGrit.
