“Muitas pessoas não fariam 5% daquilo que a gente faz”, disse recentemente Filipe Toledo em entrevista ao Globo.
O atual líder do ranking Filipe Toledo chega para a WSL Finals, em Trestles, na Califórnia, como o homem a ser batido. Após uma temporada muito consistente (foram cinco finais e duas vitórias), Filipinho compete no quintal de sua casa na onda que é apontado por muitos como o melhor do mundo.
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Por ocupar a primeira posição do ranking da WSL, o surfista de 27 anos está classificado para a bateria decisiva, contra o vencedor do duelo entre o australiano Jack Robinson (2º do mundo) e um surfista que virá dos mata-matas anteriores, envolvendo os números 3 (Ethan Ewing), 4 (Italo Ferreira) e 5 (Kanoa Igarashi) do mundo.
Na entrevista, Filipe falou que se considera muito bem preparado, tanto física quanto mentalmente e também comentou sobre as críticas que recebeu pelo desempenho no Tahiti: “Muitas pessoas não fariam 5% daquilo que a gente faz”, ele disse.
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Selecionamos alguns dos melhores trechos. Confira:
O melhor ano
“É o melhor ano da minha carreira, sem dúvida. Fui mais constante, mais bem preparado, mais feliz. E tive melhores resultados. Alguns acho que poderiam ter sido melhores (risos), mas foram bons. Não tenho nada de ruim para falar. Treinei bastante, levei mais a sério essa questão. E meu psicológico é o principal. Estando bem com ele, estou bem em todas as áreas.”
Trabalho mental
“Agora entendi a fórmula. Quando meu psicológico quer ir para um lado negativo, eu já sei controlar isso. Me tornou mais forte profissionalmente, me tornou um ser humano mais forte.”
Competindo em casa
“Acho que sim [sobre levar vantagem]. Trestles é uma onda ‘teoricamente’ fácil, mas tem seus pequenos detalhes. O vento, a maré, tem fatores que influenciam bastante. Além de estar em casa com a família, poder dormir na própria cama.”
Evolução no processo
“Independentemente de vitórias e derrotas, tem que aproveitar o processo. Ser feliz. Entender que tem coisas que não estão no controle, e fazer o que está no meu controle. Tudo fica mais fácil.”
Um sonho: vencer em Teahupo’o
“[Gostaria muito de vencer em] Teahupoo. É muito incrível, gosto muito, é um lugar especial. Me sinto muito tranquilo. Vou trabalhar muito para vencer lá”.
Lidando com as críticas
“Não ligo muito para as redes. Óbvio que vejo, dou uma olhada, mas evito um pouco. Muitas pessoas não fariam 5% daquilo que a gente faz. Penso no que vai trazer construção para minha vida profissional, pessoal. O que tive pra fazer naquele segundo round (em Teahupoo), eu fiz. Mas o Nathan Hedge (australiano que o derrotou) estava inspirado. Foi lá e venceu o número 1 e 2 do ranking.”
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