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Por 23 anos, havaianos lutaram para manter viva a onda de Maalaea

A onda de Maalaea, que cobriu todas as primeiras páginas dos sites de surf na última semana, aquela direita ultrarrápida localizada em Maui, estava há 23 anos em risco de desaparecer.

Localizada no centro de Maui, Maalaea é conhecida por seu porto, um ponto de partida popular para várias atividades oceânicas, bem como o magnífico Maui Ocean Center, o maior aquário do Havaí.

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As baleias descem do Alasca para as águas quentes e rasas do canal que separa Maui, Molokai, Lanai e Kahoolawe. Enfim, um lugar idílico.

Ao lado da lendária direita existe um pequeno porto para barcos. Mas os interesses da Marinha dos EUA desde o final da década de 1980 têm pressionado para expandir a marina, o que exigiria um quebra-mar para matar as ondas.

As campanhas ambientais geralmente são maratonas, não corridas de velocidade. Ao longo dos anos, houve diferentes tentativas de obter o projeto permitido.

Isso foi mencionado pela primeira vez no boletim da Surfrider, Making Waves, em 1990. Foi feito, inclusive, um vídeo chamado “Save Ma’alaea”. Para se ter uma ideia, o vídeo foi filmado em VHS.

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“Seria necessário dinamitar quilômetros de recifes de corais e águas próximas à costa e construir no topo do recife. Não apenas explodiria a direita super rápida, mas acabar com o habitat para a ameaçada tartaruga-verde marinha e inúmeras outras formas de vida marinha,”, comentou Stuart Holmes Coleman, que também é o autor do livro Eddie Would Go.

Muitas organizações de conservação, incluindo a Surfrider, lutaram para defender a conservação tanto da onda quanto de seu habitat. Eles sustentaram que as informações para a expansão do porto eram falhas, se não falsas, e, portanto, a Surfrider pagou por um novo estudo no final dos anos 2000 que mostrava os danos a curto e longo prazo dessa construção.

Finalmente, após 23 anos de intensas batalhas, o Departamento de Terras e Recursos Naturais do Havaí e o Corpo de Engenheiros do Exército dos EUA, anunciaram que estavam abandonando os planos de ampliar o quebra-mar no porto de Maalaea. Isso aconteceu em 2012.

As autoridades citaram altos custos, preocupações comunitárias e ambientais como o motivo da suspensão do projeto do quebra-mar.

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