Gabriel Medina atende aos jornalistas na volta de Portugal. Foto: Felipe Fernandes
Por Felipe Fernandes
Atual líder do ranking mundial, o brasileiro Gabriel Medina participou de uma coletiva de imprensa organizada pela Rip Curl, na manhã desta sexta-feira, no seu retorno de Portugal após a penúltima etapa da temporada disputada em Peniche. A coletiva aconteceu no Hotel Pullman International Airport, em Guarulhos (SP), e contou com a presença em massa da mídia esportiva nacional.
Medina poderia ter garantido o título mundial na etapa portuguesa, caso não fosse eliminado na terceira fase da prova pelo californiano Brett Simpson. Após a vitória de Mick Fanning (confira reportagem completa), a corrida pelo caneco foi adiada para o Pipe Masters, no Hawaii.
O brasileiro chega à decisão como o mais jovem concorrente ao título e vai brigar contra com o 11 vezes campeão mundial Kelly Slater e com o australiano dono de três títulos Mick Fanning.

Medina desbancou Slater em uma final histórica nas ondas de Teahupoo. Foto: Tom Servais
Apesar da falta de experiência em decisões, Gabriel não se sente em desvantagem: “Eu tenho apenas 20 anos e não sinto pressão nenhuma. Tenho pelo menos mais 10 anos de carreira. Estou concorrendo com dois dos meus ídolos e ganhar com o Kelly na disputa deixa tudo ainda mais especial. Vai ser o que deus quiser. Eu sou brasileiro e não desisto nunca”.
Medina mostrou-se confiante ao responder as perguntas e, apesar de elogiar os adversários, afirmou que vai fazer de tudo para conquistar o título.
“O meu foco para o Hawaii é ir para ganhar. Sei que eu preciso chegar no mínimo em terceiro e que o Kelly e o Mick são caras que eu tenho certeza que vão terminar das quartas de final pra frente. Vou tentar não pensar neles e fazer a minha parte”, disse o brasileiro.
Questionado se poderia receber a ajuda dos compatriotas parceiros de Tour em Pipeline, Medina disse que acredita que “os brasileiros vão fazer de tudo para ganhar caso enfrentem de Kelly ou Mick”, mas também acha que “o surf é um esporte individual e todos vão lutar para chegar o mais longe possível na etapa”.
O local de Maresias também falou sobre a possibilidade do swell favorecer Backdoor, e comentou que viaja ao Hawaii há sete anos e se sente preparado para encarar os melhores do mundo nas direitas tubulares.
O brasileiro chega ao Hawaii dependendo apenas de si para trazer o primeiro caneco de campeão mundial para o Brasil. Para garantir o título, o paulista precisa apenas chegar à decisão da última etapa do Tour. Gabriel é na liderança com 56.550 pontos. Embalado, Mick vem na vice-liderança com 53.100; seguido pelo Careca, dono de 50.050 pontos.