Maresias 9 pés plus! No domingo, 15/5, a praia de Maresias, litoral norte paulista, viu quebrar ondas decorrentes de um swell de Sul/Sudeste, marcando 2.1 metros, período entre 11 e 13 segundos e energia de 1.200 kJ.
Em outras palavras, quebraram umas bombas, mas não estava fácil, tampouco para iniciantes.
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Ondas rápidas, cracas tubulares e muitas fechadeiras, fizeram a cabeça dos que se atiraram.
Teve de tudo: surf na remada, step offs e de stand up. Com os surfistas Wenderson Biludo, Marcio Grillo, Carlos Bahia, Wellington Reis, Uelinton Simões e o shaper Ronaldo Marques, além de Marcelo Luna e mais uma galera que compartilhou as ondas em um dia mágico em Maresias.
“No Brasil normalmente estamos acostumados a ver swells com energia medindo entre 300 kJ e 600 kJ,” lembrou o surfista Marcelo Luna, que surfou na remada com sua gunzeira e recordou que a energia desse swell media 1.200 kJ.
Hardcore conversou com o fotógrafo Pedro Abreu, que abraçou a ideia de fotografar de dentro da água; veja abaixo as fotos desse dia de bombas em Maresias:
Abreu também enviou o relato abaixo. Confira:
“Acordei e tinha probabilidade de surfar Havaízinho, mas aí o [Wenderson] Biludo, que tinha falado com o Marcio Grillo, estava botando pilha para a gente ir para Maresias. Que estava animal, maré seca, lua cheia, com previsão de subida pela manhã, sendo que já tinha 2 metros de onda. Enfim, é difícil dar um parâmetro de tamanho exato, mas dá pra dizer, pelas ondas que vi, tinha uns 3 metros de onda.
A galera toda de Camburi foi para lá e se reuniu com a galera de Maresias, e foi incrível ver presente o senso de comunidade quando o mar cresce. O surf é individual, mas pode se tornar coletivo nessas situações; enfim, sabemos que em mares grandes a galera trabalha em equipe e o Carlos Bahia e o Marcio Grillo ajudaram muito. Quem também apareceu foi o Marcelo Luna, já habituado com as ondas de Nazaré há anos. O Bahia deu suporte a mim e a todos os surfistas; ele também colocou alguns caras de step off na onda; mas outros pegaram totalmente na remada, como o Wellington Reis, de SUP.
A gente caiu na entrada 15 e assim que chegamos, encontramos a galera do tow-in se preparando para entrar na água. Confesso que fiquei assustado, me perguntando se valia a pena cair no mar. Tinha umas bombas rápidas e fechadeiras, daí o Bahia me falou que valia, sim, e que a maré estava seca e que eu iria fazer as fotos da vida.”
* As fotos de Marcelo Luna, são do Ricardo Borghi