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As chances de Medina em Portugal

 

Por Felipe Fernandes

 

Aos 20 anos, o paulista Gabriel Medina está cada vez mais próximo de trazer o primeiro e tão sonhado título mundial de surf para o Brasil. O prodígio de São Sebastião teve um ano histórico na elite do surf mundial, batendo todos os recordes e alcançando a melhor performance de um brasileiro no WCT. 

Há duas etapas do término da temporada (Portugal e Hawaii), Medina só depende de sí para realizar o sonho de milhares de brasileiros. Apesar de Taj Burrow, Michel Bourez, Joel Parkinson, John John Florence, Mick Fanning, além de Kelly Slater ainda terem chances matemáticas de conquistar o título mundial, a vitória no Moche Rip Curl Pro confirma o título de Gabriel Medina, independente da colocação dos adversários.

Gabriel lidou – ou melhor – nem sentiu a pressão de estar no topo do ranking durante a maior parte da temporada, mesmo com o 11 vezes campeão mundial Kelly Slater na sua cola, tentando aplicar seu – quase infalível – jogo mental. O local de Maresias superou o atual campeão mundial Mick Fanning, além de Parko, John John, Taj, Michel, Julian, Jordy e outros tantos talentos, com uma naturalidade fora do normal. Quando perguntado sobre a pressão de ser líder, sua resposta era simples: “Não estou pressionado, apenas quero me divertir”. É certo que hoje o brasileiro conta com um suporte de patrocinadores e família que o permite forcar-se apenas no surf, vantagem que as gerações passadas não tiveram, no entanto seu carisma e talento fizeram com que o jovem conquistasse uma legião de fãs nos quatro cantos do mundo. 

Medina chegou de forma avassaladora ao Tour, vencendo duas apenas no segundo semestre de 2011. No ano seguinte, com todos os holofotes virados para o jovem paulista, os resultados não vieram e muitos duvidaram da capacidade psicológica do brasileiros para chegar ao topo do mundo. Mas em 2014 Medina provou o contrário. Seus maiores feitos foram a vitória em Snapper depois de dez anos de domínio de regulares, superando os locais e melhores surfistas do pico (confira aqui); além de dominar uma final histórica contra Kelly Slater em tubos de até 15 pés na onda mais temida do mundo, Teahupoo, no Tahiti (confira aqui). 

Abaixo as combinações de resultados para o brasileiro garantir o título mundial no Moche Rip Curl Pro, em Portugal: 

– Campeão: O título de Medina no Moche Rip Curl Pro Portugal garante o título mundial de 2014 para o Brasil, mesmo com Kelly Slater em segundo. 

– Vice-Campeão: Medina atinge 62.800 e Kelly Slater precisa vencer o evento para adiar a decisão para o Hawaii.

– 3º lugar/semifinal – Medina soma 61.300. Kelly Slater ou Mick Fanning precisam vencer a etapa portuguesa para prorrogar a definição do campeão. 

– 5º lugar/quartas de final – Medina alcança 60.000. Kelly Slater não poder chegar `a final e Mick Fanning não pode vencer. 

– 9º lugar/Round 4 – Medina chega á 58.800. Kelly Slater não pode chegar nas semifinais, Mick Fanning não pode ser finalista e Parko e John John não podem vencer o evento.

– 25º lugar/Round 2 ou 13º Round 3: Caso Medina não vença nenhuma ou apenas uma bateria, o título será definido no Hawaii. 

Confira o ranking e as baterias do Round 1 do Moche Rip Curl Pro, que começa neste domingo (12/10) em Peniche, Cascais. 

Ranking Samsung Galaxy ASP World Championship Tour 2014

1 Gabriel Medina (BRA) – 56.550 pontos

2 Kelly Slater (USA) – 50.050

3 Mick Fanning (AUS) – 43.600

4 Joel Parkinson (AUS) – 43.100

5 John John Florence (HAW) – 41.950

6 Taj Burrow (AUS) – 41.700

7 Michel Bourez (PYF) – 40.250

8 Adriano de Souza (BRA) – 37.550

9 Jordy Smith (ZAF) – 35.400

10 Kolohe Andino (EUA) – 34.650

11 Josh Kerr (AUS) – 31.000

12 Owen Wright (AUS) – 30.650

13 Nat Young (USA) – 29.900

14 Bede Durbidge (AUS) – 23.700

15 Miguel Pupo (BRA) – 23.400

16 Adrian Buchan (AUS) – 22.700

17 Julian Wilson (AUS) – 19.250

18 Filipe Toledo (BRA) – 18.750

18 Fredrick Patacchia (HAW) – 18.750

20 Jadson André (BRA) – 18.250

21 C. J. Hobgood (USA) – 17.700

22 Sebastian Zietz (HAW) – 16.700

29 Alejo Muniz (BRA) – 11.700 pontos

35 Raoni Monteiro (BRA) – 4.500

 

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