A primeira etapa do Challenger Series acontece entre os dias 7 a 12 de maio em Snapper Rocks e tem 39 atletas do CT (Championship Tour) inscritos. Alguns dos principais nomes são Kelly Slater, Stephanie Gilmore, Kolohe Andino, Griffin Colapinto, Tyler Wright e Tatiana Weston-Webb. Do time brasileiro, Samuel Pupo, João Chianca, Deivid Silva e Jadson André marcarão presença.
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Dos 39 atletas da elite inscritos (tanto do masculino, quanto do feminino), 21 deles não estão nem abaixo da linha de corte do meio do ano (sigla MYC em inglês). No entanto, existem pelo menos três motivos para que eles também confirmem presença no evento.
Primeiramente, surfistas do CT agora precisam cumprir uma obrigação contratual com a WSL que envolve competir em um número mínimo de eventos do CS a cada temporada. Depois, eles não prejudicam suas campanhas de reclassificação e garantem uma segurança, caso algo de errado em Margaret River e eles acabem abaixo do corte. E por fim, não é nada mal ter a honra de surfar Snapper Rocks apenas ao lado de outras três pessoas.
Brincadeiras a parte, na última semana, 29 dos 51 surfistas do CT, assinaram uma petição contra o corte no meio da temporada e um dos pontos levantados foi justamente a preocupação com a nova cláusula contratual. “Agora, ter os surfistas do CT obrigados a competir também em eventos de CS, está resultando em “congestionamento de eventos” para muitos atletas, que precisam competir em eventos consecutivos de CT e CS, potencialmente afetando negativamente sua preparação para os eventos restantes do CT. “, lê-se no documento.
Plano de reestruturação
Elaborado em 2020, o plano de reestruturação da WSL visa, abertamente, trazer mais visibilidade comercial para o circuito e, por isso, a cota mínima de participação de surfistas do CT em eventos do CS é importante. “O redesenho da turnê impulsiona o engajamento dos fãs com narrativas fortes para cada evento, aumentando assim o valor do nosso evento para os patrocinadores, permitindo-nos gerar mais receita para que possamos continuar investindo na plataforma do melhor surf do mundo – em todos vocês ”, escreveu o CEO da WSL, Erik Logan, em sua resposta a Stab Mag.
No português claro, ter surfistas da elite no CS traz espectadores, consequentemente, dinheiro e influência para eventos que, historicamente, tiveram pouca audiência. Além disso, é uma oportunidade para os talentos emergentes enfrentarem os TOP’s do mundo.
A primeira etapa do Challenger Series, em Snapper Rocks, contará com surfistas do CT, substitutos do CT, qualificados regionais do QS, wildcards de eventos e wildcards de tours e competições. No masculino, serão 96 surfistas no total e, para chegar a final, será preciso passar por seis baterias. No feminino, serão 64 surfistas e cinco baterias até a final.
Em outras palavras, não será nada fácil levantar o grito de campeão. A última vez que o evento Snapper Rocks aconteceu foi no CT de 2019, onde Italo Ferreira e Caroline Marks levaram a melhor.