Inventado em 1971 por Pat O’Neill, o leash para pranchas de surf tem ajudado muito surfistas a não perderem suas pranchas no mar.
Contudo, embora esse equipamento tenha o objetivo de manter sua prancha próxima de você durante situações críticas, como no caso das vacas mais pesadas, eles não são indestrutíveis e não devem ser considerados um dispositivo de salvamento 100% seguro.
Ou seja, quem surfa, deve, sobretudo saber nadar o suficiente bem para chegar na praia caso perca sua prancha. Claro que, com a evolução dos leashes, isso é cada vez mais difícil, mas, acontece!
Abaixo, a primeira de uma série de matérias que a Hardcore irá produzir sobre equipamentos ligados ao surf.
Hoje, falaremos sobre o leash, incluindo sua construção, funcionalidade e como escolher entre um ponto de fixação do tornozelo e da panturrilha.
Anatomia do leash de prancha
Pezeira
A “Pezeiza” é a parte do leash que envolve sua canela ou panturrilha. Hoje em dia, é bastante comum que essa peça tenha um velcro duplo envolvente, para adicionar força extra e segurança à sua conexão. Bolsos para chaves foram implementados em alguns modelos e são uma boa opção para colocar a chave do carro ou do cadeado da bike.
Destorcedor
Alguns leashes têm um recurso giratório entre os pontos de fixação à pezeira e ao protetor de rabeta. Eles que permitem que o leash gire sem o risco da corda torcer demasiadamente (e romper mais facilmente) ou se enroscar no surfista.
Fio ou cabo
Atualmente, a maioria dos leashes têm seus cabos produzidos em fio de uretano. Normalmente, quanto mais grosso o cabo, mais forte ele será e menos provável que se rompa. No entanto, quanto mais grosso, mais arrasto ele criará na água.
Protetor de rabeta
O protetor de rabeta é o tecido que prende o leash à prancha. Seu trabalho é fornecer uma conexão segura e não sobrecarregar avariar a rabeta. Quanto mais largo e comprido for o tecido, mais ele protegerá a rabeta quando você cair da prancha e aumentar a tesão do cabo. Embora protetores mais longos e largos ofereçam mais proteção, elas também criam mais arrasto com a água.
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Qual o comprimento ideal?
Variando de 4 pés, para uma prancha infantil, até longos 12 pés de comprimento, normalmente usados em pranchas de SUP ou longboard, há diversas opções de tamanho para se escolher.
O modelo ideal dependerá do comprimento/tamanho da sua prancha e do seu nível de habilidade.
O leash deve ter comprimento igual ou um pouco maior do que a prancha na qual será usado. Isso significa que você não deve usar o mesmo leash em uma prancha curta e em uma prancha longa e vice-versa.
Se a sua prancha tiver tamanhos intermediários, recomendamos que seja usado o tamanho mais próximo do tamanho da prancha.
Vale frisar que um leash muito mais longo do que o necessário aumenta o risco da prancha atingir outro surfista na linha de arrebentação. Além disso, um cabo muito grosso ou longo adicionará uma força de arrasto desnecessária à água e o atrasará por mais tempo.
Por outro lado, um cabo muito muito curto aumenta a probabilidade da prancha ricochetear e atingir o surfista durante a vaca.
Ou seja, equilíbrio é a palavra-chave. Por isso é tão importante prestar atenção ao tamanho ideal do leash.
Espessura do leash
Basicamente, são dois os tipos mais comuns de espessura do cabo de um leash, classificados como “competição” e “regulares”.
Os leash de competição geralmente têm cerca de 3/16 de polegada de espessura, enquanto os regulares têm cerca de 5/16 de polegada de espessura. Mas outros modelos, com espessuras diferentes, também podem ser encontrados.
No caso dos leashes para onda grande a espessura pode ser um pouco maior do que as 5/16 polegadas, mas, normalmente a real diferença está em seu comprimento, maior do que um leash convencional.
Ao decidir sobre a espessura, você deve considerar o comprimento e peso da sua prancha, a altura e força da onda, sua experiência e nível de habilidade.
Tornozelo ou panturrilha?
Os leashes de tornozelo são o estilo mais usado por várias razões. A maioria dos surfistas concorda que o tornozelo é o local mais confortável para prender o equipamento, especialmente na evolução das manobras, e também facilita o impulso para trazer a prancha de volta com mais agilidade.
No entanto, com o leash preso ao tornozelo, há uma chance maior de que o cabo se enrole entre as pernas em comparação com aqueles presos à panturilha.
Esses modelos são muito procurados por longboarders, pois, ponto de fixação mais alto é ideal para surfistas que caminham muito sobre a superfície da prancha e querem menos emaranhados e menos arrasto na água.