No último sábado, 10 de julho, sábado (10), Marcelo Rocha Santos, 51 anos, morreu após ser atacado por um tubarão, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife (PE).
O ataque ocorreu na área conhecida como Igrejinha de Piedade, onde já tinham acontecido outros 12 casos. No local, há um posto de guarda-vidas.
O cunhado de Marcelo Rocha disse que o ataque ocorreu quando ele deixava o mar. A vítima teve lesões graves na coxa e em uma das mãos, que foi amputada, de acordo com os bombeiros.
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Testemunha do ataque, o mecânico Edriano Gomes afirmou que a vítima estava bebendo com amigos. Por volta das 14h o homem entrou na água. O tempo tinha ficado nublado e a maré estava enchendo.
Quando o tubarão atacou, segundo Edriano Gomes, havia apenas uma outra pessoa no mar, além da vítima.
O vidraceiro Ademir Sebastião da Silva estava na água ao lado do do homem que foi atacado pelo tubarão. Ele contou que viu a vítima cambaleando e a água suja de sangue.
“Como a praia não tem banheiro, entrei no mar para fazer xixi. Estava ao lado ele, com água na altura da cintura”, afirmou.
A urina, como o sangue, ou qualquer matérial orgânico tem forte poder de atração de tubarões, que têm um olfato apurado.
Contudo, ouvido pelo portal G1, o pesquisador Jonas Rodrigues, engenheiro de pesca da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), afirmou que ainda não é possível afirmar qual a causa do ataque ou espécie atacou o banhista no sábado.
Ele disse, no entanto, que os incidentes ocorrem, normalmente, com os tubarões cabeça chata e tigre. “É preciso fazer estudos da forma da mordida”, comentou.
Rodrigues observou que o período de inverno é mais propício para a taques de tubarão no estado. “A chuva aumenta turbidez da água e influência nos ataques. Além disso, a igrejinha de Piedade é uma região crítica, pois fica perto do Rio Jaboatão”, disse.
Sobre o fato de o ataque ter acontecido em uma área que conta com posto de guarda-vidas, o coronel dos bombeiros, Leodilson Bastos, afirmou que a vítima estava no raso, tirando a areia do corpo e com a água na cintura. Por isso, não tinha como ocorrer a interferência dos bombeiros.
“Não existe proibição de banho de mar em Pernambuco. Não estão autorizados esportes náuticos com uso de flutuadores. Os bombeiros fizeram o socorro imediato”, declarou.
O coronel afirmou, ainda, que a população precisa respeitar as sinalizações nas praias. “A sinalização não é de enfeite. As placas são colocadas a partir de estudos”, disse.
Desde 1992, foram 62 incidentes e 25 óbitos registrados no estado de Pernambuco.
Fonte: G1