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Diretor do Ibama aponta pré-sal como possível origem do óleo no NE

Novas imagens de satélite apontam área gigante de vazamento próxima ao sul da Bahia. Fato levanta suspeitas sobre problemas em perfuração no pré-sal

Por Redação HC

Na manhã desta quarta-feira (30/10), Olivaldi Alves Borges Oliveira, Diretor de Proteção Ambiental do Ibama, confirmou a hipótese de que os vazamentos de óleo que assolam mais de 250 praias de todo o Nordeste podem estar ligados ao pré-sal. Novas imagens de satélite divulgadas pela Agência Espacial Europeia confirmaram uma grande concentração de petróleo surgindo em um trecho subterrâneo do mar no Sul da Bahia. A suspeita agora é que uma perfuração mal sucedida teria afetado um poço de exploração.

Novas amostras de imagens serão analisadas nos próximos dias para entender de onde surgiu o resíduo. Apesar da nova descoberta, o governo federal continua a defender que o “DNA” do óleo não é compatível com o das reservas de petróleo do pré-sal. A Petrobras rebateu a declaração de Borges Oliveira, afirmando que os biomarcadores das amostras de óleo não possuem características compatíveis com os óleos provenientes de reservas do pré-sal.

A principal suspeita do governo é que o material seria de origem venezuelana e que teria vazado após uma transferência de um navio fantasma para outro. O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, chegou a afirmar que o governo vai pedir que a OEA (Organização dos Estados Americanos) preste esclarecimentos da Venezuela sobre a origem do material. O presidente Jair Bolsonaro, por outro lado, insinuou que o derrame de óleo poderia ser uma ação criminosa para prejudicar leilões de petróleo.

Novas imagens de satélite levantam hipótese de que óleo estaria vazando de fende subterrânea (Foto: Climatempo)

Entretanto, o pesquisador Humberto Barbosa, do Lapis (Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites), ressalta a relevância das novas imagens para a análise do desastre ambiental: “pela primeira vez, encontramos uma assinatura espacial diferenciada. Ela mostra que a origem do vazamento pode estar ocorrendo abaixo da superfície do mar. Com isso, levantamos a hipótese de que a poluição pode ter sido causada por um grande vazamento em minas de petróleo ou, pela sua localização, pode ter ocorrido até mesmo na região do Pré-Sal?”, disse Barbosa em comunicado. 

Segundo a Marinha, a imagem de satélite que mostra a mancha de aproximadamente 55 km de extensão e 6 km de largura (equivalente a cidade de Fortaleza) e localizada a 54 km da costa do Nordeste, não seria de óleo. A agência Reuters tentou entrar em contato com representantes da instituição para comentar a declaração, porém, ninguém se manifestou.

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