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Yago Dora: “Sempre visualizei o título em Huntington”

Conversamos com Yago Dora durante a festa de lançamento de sua nova coleção de óculos da Evoke. Assista ao vídeo (irado) da campanha e confira a entrevista

Por Fernando Guimarães

A terça-feira foi de festa em São Paulo — dizem que todo dia é, mas para o surfe é diferente. Para lançar sua nova linha de óculos, a Evoke fechou o BEC Bar, de nosso ex-diretor de redação e atual apresentador do Moist News, Steven Allain, e promoveu uma festa classe A.

Yago Dora era o convidado principal. Ele é o garoto propaganda e estrela do filme promocional da nova linha, que você pode ver acima e que foi exibido num telão durante quase toda a festa.

Mas a reunião foi além do surfe. O rapper Dexter, o lutador de MMA Demian Maia e mais uma galera da cena da música, moda, arte e esportes aproveitavam os petiscos e a cerveja Praya servidos à vontade para esquentar a fria noite paulistana.

Os mais dispostos caíam para a gim tônica ou o excelente negroni — como foi meu caso. Ainda entre as primeiras doses, chamei de lado o atual campeão do US Open para falar um pouco dessa que foi a maior conquista de sua carreira até agora.

HC: Quantas vezes você já foi pro US Open?
Yago: Essa foi a quarta vez, a terceira competindo no QS. A primeira eu fui só no Pro Junior.

Como foi ganhar o título lá?
Ganhar lá é incrível. Sempre tive essa meta, é um evento que eu sempre visualizei que eu podia ser campeão, que eu tinha potencial pra vencer. E é um evento super tradicional do surfe, ao mesmo tempo que, do QS, é um dos mais valorizados. Então foi incrível vencer um evento tão tradicional e tão prestigiado.

Esse ano até que teve mais onda né? Pelo menos mais que no ano passado.
Acho que esse ano foi o melhor dos últimos anos. Teve uns dois dias que tava marola mesmo, mas nos outros tinha uma onda na série na altura do ombro, na altura da cabeça às vezes. Pra Huntington, foi uma condição bem boa.

Depois de perder a final em Noronha daquele jeito, tava com a vitória engasgada?
Ah, a final de Noronha eu não tinha o que fazer, ficou na decisão dos juízes e eles decidiram dar a nota que o Jadson precisava. Mas eu fiz minha parte. Eu nunca tinha perdido uma final de QS, a de Noronha foi a primeira. E em Huntington eu nem pensei nisso, na verdade, quando cheguei na decisão não pensei em nada, só no título.

Do top 10 do QS atual, só dois caras não são do CT nem jamais estiveram lá — todos os outros são atuais ou ex-tops. Porque você acha que isso rola?
Sempre tem algum cara novo entrando. Tem muita gente no QS há vários anos que vão evoluindo, e uma hora eles entram. Como o Jorgann [Couzinet], que tá liderando agora. Ele é novo e já bateu na trave algumas vezes, mas esse ano tudo indica que ele vai se garantir. Claro que tem muita gente repetida ali naquele top 10, mas sempre tem pelo menos uns dois ou três caras novos pra garantir uma renovação.

O restante da conversa foi sem gravador e sem o clima de entrevista, sobre o retrospecto e a expectativa de uma boa ondulação em Teahupo’o, Taiti, para onde Yago embarca nessa sexta. Entre outras amenidades. O Tahiti Pro Teahupo’o começa no dia 21, próxima quarta.

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