Porta do WCT

Por Felipe Fernandes

Última prova com status Prime do WQS, o Vans World Cup of Surfing acontece entre os dias 22 de novembro e 6 de dezembro na famosa Sunset Beach, North Shore de Oahu. O evento é a última oportunidade de vários surfistas para somar pontos no WQS e garantir uma vaga na elite em 2015.

Após o Reef Hawaiian Pro, uma reviravolta tomou conta do ranking de acesso. O evento contou com a presença de vários surfistas da elite; alguns em busca da reclassificação pelo WQS, como é o caso de Raoni Monteiro, Tiago Pires, Aritz Aranburu; e outros apenas para manter o ritmo das competições, como Mick Fanning e Filipe Toledo.

Surfistas de divisão de acesso vão para o tudo ou nada em Sunset. Foto: ASP

Dusty Payne ficou com o título em Haleiwa e pulou de 97ª para a 24ª colocação no WQS. O havaiano se aproximou da zona de classificação ao WCT, que está garantindo até o 14º colocado, já que quatro surfistas entre os Top 10 estão garantindo a vaga pelo WCT. Já os finalistas Julian Wilson, Adam Melling, e Jeremy Flores, todos atuais integrantes do WCT, ultrapassaram os 13.000 pontos e garantiram suas permanências na elite em 2015.

O carioca Raoni Monteiro chegou às semifinais e saltou da 78a para a 41a posição no WQS, passando a ter chances reais de conquistar uma vaga na lista dos dez indicados pelo ranking de acesso.

Jessé Mendes, Joan Duru e Charly Martin estavam na bolha de qualificação, mas não se deram bem na prova e abriram espaço para Matt Wilkinson, Brett Simpson e Jeremy Flores entrarem na lista provisória de classificados.

O experiente Al Hunt, primeiro head judge da ASP e ex-tour manager da entidade, faz algumas contas e estimou uma nota de corte por volta dos 11.500 pontos.

Levando em consideração a estimativa de Hunt, além dos já classificados Wiggolly Dantas e Italo Ferreira, alguns brasileiros ainda tem chance de conquistar uma vaga no WCT em 2015. A etapa de Sunset oferece 6.500 pontos ao campeão, 5.200 ao vice, 4.225 ao terceiro colocado, 4.000 ao quarto finalista, 3.320 aos perdedores da semifinal (5ª colocação) e 2.400 pontos aos perdedores das quartas de final (9ª colocação).

Atualmente, Tomas Hermes é o único brasileiro no Top 14 que ainda não garantiu a vaga. Atual 12º colocado, Hermes acumula 11.180 pontos nos cinco melhores resultados. O catarinense tem como pior resultado 1.300 pontos, e busca uma nona colocação em Sunset (2.400 pontos) para alcançar 12.280 e garantir a vaga nas previsões de Hunt.

Segundo as contas de Al Hunt, Jessé Mendes precisa chegar as quartas de final se classificar ao WCT. Foto: ASP

Já Jessé não trocou nota em Haleiwa, caiu para 16º colocado e perdeu sua vaga na bolha de classificação. Dono de 10.170 pontos, Jessé precisa trocar 700 por 2.400 (9ª colocação) para alcançar os 11.870 pontos e torcer para a previsão de Al Hunt estar certa.

Willian Cardoso foi outro que não trocou nota em Haleiwa. O catarinense tem 9.285 pontos e tem 410 pontos como seu pior resultado, precisando chegar às semifinais para somar 3.320 pontos, e alcançar os 12.195 pontos, que devem lhe garantir na elite.

Mais pra baixo na tabela e precisando de um ótimo resultado para conseguir a vaga, ainda temos Heitor Alves (40a), Raoni Monteiro (41a) e Caio Ibelli (42a). Dono de 6.620 pontos e trocando 700, apenas a vitória interessa ao cearense Heitor Alves. Já Raoni ainda não tem uma quinta nota no somatório, e precisa de ser campeão ou vice em Sunset para alcançar a previsão de Al Hunt. Caio Ibelli tem 6.350 pontos, troca 650 e também precisa sair de Sunset com o título alcançar a previsão de corte.

Raoni cresce no Hawaii e tem chances matematicas de se manter na elite. Foto: ASP