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“Queremos piscinas em Tóquio, Brasil, Austrália e Paris”, diz CEO da WSL

Em entrevista a site inglês, Sophie Goldschmidt, a CEO da WSL, afirma que piscinas de ondas estão no centro dos planos para o futuro do surf profissional

Por Redação HC

Sophie Goldschmidt, CEO da World Surf League há pouco mais de um ano, concedeu na semana passada uma extensa entrevista ao site inglês Sports Pro, um veículo focado em esportes do ponto de vista dos negócios, compra e venda de direitos, geração de receitas etc. Ainda avessa a entrevistas à mídia especializada, Sophie revelou um pouco de sua visão pessoal sobre o esporte e também deu algumas brechas para planos da entidade para o futuro.

Sem entrar em detalhes sobre mudanças de formato dos eventos ou do circuito como um todo, Goldschmidt foi clara em dizer que o domínio da tecnologia de geração de ondas artificiais da Kelly Slater Wave Co é o principal ativo da WSL para o futuro – e também aquele que a fez aceitar o cargo.

“Teremos ondas perfeitas, acima dos 10 pés, indo em direção ao público em um estádio que sai de dentro da água, com transmissão e câmeras em ângulos incríveis, um atmosfera elétrica, pode ser iluminado à noite”, discorre ela, quando perguntada qual o impacto da tecnologia no surf profissional. “É uma tecnologia espetacular. De fato, uma grande razão pela qual aceitei o convite [para dirigir a WSL] foi a oportunidade de estar envolvida com algo que é tão transformador para um esporte. Sabíamos que seria algo que mudaria o cenário do surf para sempre, mas acho que na verdade é algo que vai mudar para sempre o cenário dos esportes em geral na maneira como podem ser apresentados”, diz a CEO.

Ela afirma que a WSL pretende ter mais instalações do Surf Ranch ao redor do planeta. “Não centenas, mas algumas dúzias, talvez”. Os lugares que devem receber uma no futuro próximo: Brasil – como já revelamos aqui -, Tóquio, na tentativa frustrada (até o momento) de sediar os Jogos Olímpicos, Austrália e “algumas em Paris”.

“O passo seguinte é na direção de parcerias e licenciamento”, diz Sophie. “O modelo de negócios será diferente para cada uma delas. Teremos eventos regulares nelas, o que já será uma fonte de renda e de oportunidades comerciais, mas além disso há um desenvolvimento mais amplo. Vários dos empreendedores com que estamos falando querem usar essas instalações para substituir campos de golfe em locais residenciais e destinos de férias”.

Ela faz a ressalva de que o oceano “nunca foi tão importante para nós como é agora”. Mas a “marquetabilidade” das piscinas fazem delas o principal foco da entidade para o desenvolvimento do surf profissional. “Elas nos permitem chegar a mercados que nunca havíamos sequer imaginado, ter uma programação própria para televisão, engajar a audiência de várias maneiras diferentes”, explica.

Isso porque, se as piscinas são a grande oportunidade, expandir a audiência dos eventos é o grande desafio. “O objetivo-chave é aumentar nosso público, e fazer isso de jeitos criativos e inovadores. […] O surf tem muitas oportunidades mas também tem seus desafios. Às vezes não é tão fácil de programar porque depende das ondulações e da previsão etc. Recentemente estive no Taiti, em uma das ondas mais famosas do mundo, Teahupo’o, mas ela fica no meio do mar, então da perspectiva dos fãs [o surf] pode ter seus desafios. Mas a tecnologia basicamente acaba com esses problemas”, diz ela.

Teahupoo, no Taiti, é um local com desafios; a piscina de ondas, a solução

Substituir Teahupo’o por uma piscina? Rezemos para que não seja isso.

Na entrevista, Sophie ainda fala sobre diversos outros tópicos. Para ler, (em inglês), entre aqui.

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