A WSL acaba de anunciar que o onze vezes campeão mundial Kelly Slater não vai participar do Rip Curl Pro Bells Beach. A justificativa é a mesma para a ausência no evento de abertura da temporada, na Gold Coast: ele segue recuperando-se da lesão no pé sofrida ainda no ano passado, durante uma sessão de free-surf em Jeffreys Bay.
A confirmação da ausência de Slater levanta sérias dúvidas sobre sua participação nas próximas etapas do World Tour. Margaret River, que encerra a perna australiana, é conhecida como uma das viagens mais longa e complicadas em todo o circuito, desde a época do seu status de etapa seis estrelas do WQS. Longe da Austrália, Kelly precisaria fazer toda a viagem até a Oceania e, de lá, até o oeste australiano, e isso caso seu pé esteja melhor.
Veja também: 32 mil reais por hora: o preço de uma sessão no Rancho
O MESMO ACONTECE com a etapa brasileira, a quarta parada: uma viagem longa, com ondas pouco atraentes e um longo histórico de ausências de alguns dos principais tops. Quando a etapa acontecia no final do ano, era normal que uma parte dos competidores que já não tinha mais objetivos no tour – não disputavam mais o título e já tinham a permanência garantida – simplesmente abrisse mão do evento. E Kelly certamente não disputará o título mundial.
Uma completa aposentadoria, entretanto, ainda parece distante: etapas como Teahupoo, a própria Jeffreys Bay e o Pipe Masters costumam atrair bastante sua atenção. Além disso, há ainda o evento em sua piscina de ondas, o Surf Ranch Open, marcado para entre os dias 6 e 9 de setembro.
Quem se beneficia é novamente Michael February, que herda a vaga para correr a segunda etapa do calendário do CT. February era o primeiro alternate da lista dos top 34 e iria passar a correr integralmente o tour a partir de Margaret River, quando Mick Fanning deixará o circuito.
Com as duas retiradas de Slater, o sul-africano passa a contar 2018 como um ano integral entre a elite do surf mundial, aumentando suas chances de permanência.