Segundo matéria publicada no site Stab.com, a World Surf League (WSL) está em negociações diretas com o governo de Fiji para trazer de volta ao Tour a etapa do arquipélago do Pacífico Sul.
A disputa aconteceria na ilha de Tavarua, com os cobiçados picos de Cloudbreak e Restaurants à disposição. Essas duas esquerdas tubulares, que quebram sobre rasas bancadas de coral em um cenário paradisíaco, sempre estiveram entre as preferidas dos competidores e fãs de surf. Embora Fiji não integre o calendário da WSL desde 2017, a etapa deixou lembranças marcantes tanto pela qualidade das ondas, quanto pelos momentos emocionantes vividos pelos surfistas.
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Em 2012, Fiji testemunhou uma disputa memorável do Tour, protagonizada pelo brasileiro Raoni Monteiro. Naquela ocasião o mar estava gigante e Raoni – usando uma quadriquilha 8 pés – pegou uma bomba de cerca de 5 metros, considerada a maior daqueles tempos de Tour. Ele andou muito tempo no tubo, mas acabou se lesionando ao tentar sair pelo “doggy door”. O tubo valeu 7,67, mas, machucado, o brasileiro teve que abandonar a bateria. Quando voltou do barco, ele passou mancando na frente de surfistas como Kelly Slater e Jordy Smith, que o aplaudiram de pé.
Já Gabriel Medina, como tuberider nato, levou o título da etapa em duas ocasiões: em 2014 e 2016. Se a negociação for concluída com sucesso, certamente o tricampeão mundial será um dos favoritos à vitória.
Além disso, a possível volta de Fiji ao Tour é vista com entusiasmo pelos surfistas goofies, que têm clamado por mais esquerdas no circuito, onde predominam as direitas.
Juntamente com Medina, outro grande nome em Tavarua é Italo Ferreira, que também costuma se destacar em ondas de consequência. Em 2017, Italo enfrentou uma lesão no tornozelo durante a etapa de abertura em Gold Coast, ficando fora de três eventos do Tour. Na ocasião, ele retornou às competições em Fiji e, mesmo não estando 100%, derrotou o favorito, Gabriel Medina, na terceira fase da competição.
O calendário oficial do Tour e detalhes específicos da negociação não foram divulgados. Mas uma coisa é certa: o retorno de Fiji desperta expectativas e entusiasmo entre a comunidade do surf, porque a ilha é reconhecida por abrigar algumas das melhores bancadas de tubos do mundo. Sem contar que as etapas por lá são sempre regadas de emoção, adrenalina – e alguns (ou muitos) ralados no reef.