O que deveria ser a viagem dos sonhos para o surfista australiano Jensen Kirby, de 19 anos, se transformou em um pesadelo. Durante uma expedição de dois meses nas ondas das ilhas Mentawai, na Indonésia, Kirby sofreu queimaduras em 13% de seu corpo após uma explosão em um barco, causada por um erro na instalação da bateria.
O incidente ocorreu quando o australiano e sua equipe estavam a bordo de uma lancha nas ilhas Telo, parte das Mentawai, que é acessada por um trajeto de avião até Padang, em Sumatra, seguido por um transfer de lancha.
Durante o processo de substituição da bateria, o mecânico inverteu as conexões, ligando o negativo ao positivo e vice-versa. “Assim que encaixou, fez uma faísca e inflamou os vapores de gasolina que estavam no barco. Tudo o que vi foi a faísca,” relatou Kirby em entrevista à emissora australiana ABC News. “No momento seguinte, eu só vi as chamas ao meu redor. Eu estava bem no meio desse fogo.”
Assustado, Kirby pulou na água para se proteger. “Eu me virei e pulei direto na água porque estava com muito medo. Depois, me afastei o máximo que pude, só para o caso de haver outra explosão,” contou o surfista. Assim que saiu da água, ele percebeu a gravidade dos ferimentos, comparando a sensação na pele a “uma queimadura de sol multiplicada por cem”.
Após o acidente, o surfista foi levado a um hospital em Kuala Lumpur, na Malásia, com a ajuda de sua mãe, que precisou pagar US$ 10.000 para garantir o tratamento. “Se minha mãe não estivesse lá, eu não teria conseguido tratamento,” revelou ele.
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Em um vídeo publicado no seu canal no youtube, Kirby contou a história completa. No conteúdo, intitulado “Como eu quase morri numa explosão de barco”, ele agradeceu pelo apoio que recebeu e mencionou que espera voltar ao mar em cerca de 3 semanas – mesmo que leve anos para que sua pele se recupere totalmente. “Vou ter que ser muito cauteloso com a pele e com o sol. Vai ser muito difícil,” disse ele.
O acidente vivido por Jensen Kirby serve como um alerta sobre os perigos de optar por serviços de menor custo, onde a segurança deve ser uma prioridade absoluta. Escolher embarcações com bons históricos de manutenção e operação, bem avaliadas e que priorizem a segurança dos passageiros, pode evitar tragédias. Em áreas remotas, como nas Mentawai, os cuidados devem ser redobrados, pois o atendimento médico é precário e hospitais com recursos estão a uma distância significativa.
