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Bicampeã mundial australiana, Tyler Wright, corre risco de não participar da Olimpíada em Teahupo’o

A bicampeã mundial de surf, Tyler Wright, está enfrentando uma série de desafios que colocam em risco sua participação nas Olimpíadas de Paris 2024, onde as competições de surf serão realizadas em Teahupo’o, no Taiti. A australiana, que se recupera de uma lesão não especificada, não competiu no Vivo Rio Pro, em Saquarema, e seu estado de saúde gera incertezas sobre sua recuperação a tempo dos jogos.

Ainda assim, Tyler garantiu que estará em plena forma para buscar sua medalha. “Tyler foi aconselhada por seus médicos e especialistas que precisa de tratamento e preferiu não competir no Brasil, mas ela estará 100% pronta para as Olimpíadas.”, afirmou um porta-voz da surfista ao The Guardian da Austrália.

A carreira da australiana tem sido marcada por desafios de saúde. Em 2018, ela superou uma síndrome pós-viral que a afastou do circuito por um longo período. No final do ano passado, ela passou por um procedimento para expandir suas vias aéreas, que incluiu a inserção de sete parafusos na cabeça. “Meus médicos disseram que não sabem como faço o que faço. Descobri que a maior parte do tempo estou com pouca oxigenação e semi-sufocando. Minhas vias aéreas são muito pequenas, basicamente, e durante a pré-temporada tive que expandi-las”, informou Wright, na época, sobre a cirurgia.

Além dos desafios de saúde, a surfista também enfrenta questões relacionadas ao seu ciclo menstrual, as quais têm impactado sua performance competitiva. Em 2023, antes da etapa do Surf Ranch, ela foi hospitalizada por três dias devido a complicações severas durante seu período, que historicamente incluem dores intensas levando a desmaios, vômitos e longos períodos de incapacidade. Desde então, Wright adotou um programa de treinamento personalizado, adaptado às quatro fases do ciclo menstrual, priorizando descanso e recuperação para minimizar o risco de lesões e otimizar seu desempenho.

No entanto, ao que parece, ela ainda enfrenta questões de saúde. Recentemente, sem muitas explicações, Wright anunciou em suas redes sociais que não competiria no Vivo Rio Pro no Brasil devido a uma lesão não especificada. A surfista, atualmente a número 10 do mundo e em sua 12ª temporada no CT, vinha de uma temporada de altos e baixos. Ela foi vice-campeã na terceira etapa do tour em Portugal e chegou às semifinais no Margaret River Pro. No entanto, perdeu no round eliminatório no evento em El Salvador. Com a ausência no Rio Pro, a australiana praticamente eliminou suas chances de se classificar para as Finais da WSL deste ano.

Devido à incerteza em torno da recuperação de Wright a tempo das Olimpíadas, a associação de surf da Austrália colocou outros atletas em espera. Sally Fitzgibbons e Ryan Callinan foram selecionados como reservas e estão prontos para substituir Wright ou qualquer outro atleta, se necessário. “Temos Sally Fitzgibbons e Ryan Callinan de prontidão com um voo flexível reservado para chegar 24 horas antes da janela do evento”, afirmou Eric Haakonssen, gerente de suporte de desempenho e pódio da Surfing Australia, ao Guardian Australia. “Se o evento parecer que começará mais tarde na janela, ajustaremos esses voos para partir mais tarde.”

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Apesar de ter muita experiência e ter participado, inclusive, das Olimpíadas de Tóquio, Sally Fitzgibbons, de 33 anos, nunca competiu em Teahupo’o. Em comparação, Tyler já alcançou bons resultados nos eventos do CT no Taiti, com um terceiro e um quinto lugar.

A comunidade do surf e os fãs de Tyler esperam que ela consiga se recuperar a tempo e representar a Austrália nas Olimpíadas de Paris 2024, mas as incertezas permanecem, considerando seu histórico de saúde.

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