Com apenas 13 anos, Tya Zebrowski já desponta como uma das mais promissoras atletas do surf mundial. Nascida em Baiona, França, e dividindo sua vida entre Hossegor, no sudoeste francês, e o Taiti, na Polinésia Francesa, a jovem surfista combina heranças culturais e atléticas únicas que moldaram sua trajetória. Com uma série de vitórias expressivas e um vice-campeonato no Challenger Series de Portugal, Tya, apesar da pouca idade, mostrou que é uma competidora de elite e já está pronta para enfrentar os maiores desafios.
A vocação vem de berço. Tya vem de uma família dedicada ao esporte e seus pais, Gary Zebrowski e Caroline Béliard, foram snowboarders profissionais que se destacaram em competições internacionais. Gary, nascido em Papeete, Taiti, foi um dos primeiros polinésios a competir nos Winter X-Games e terminou em 6º lugar no halfpipe nas Olimpíadas de 2006. Caroline, por sua vez, brilhou em competições de freestyle e slopestyle, além de participar de expedições nas montanhas para filmes de snowboard.
Após suas carreiras no snowboard, o casal se estabeleceu entre Hossegor e o Taiti, onde passou a administrar retiros de yoga e surf. Tya, nascida em 2011, e seu irmão Kalani cresceram nesse ambiente de integração entre a montanha e o oceano. Desde cedo, ela foi exposta às ondas desafiadoras do Teahupo’o e aos beach breaks de Hossegor, aprendendo a surfar com naturalidade e paixão.
A trajetória meteórica de Tya começou cedo. Aos 11 anos, ela foi vice-campeã do Campeonato Nacional Francês, perdendo apenas para Maud Le Car, uma surfista quase três vezes mais velha. Em julho de 2024, foi campeã sub-16 no Eurosurf, em Santa Cruz, Portugal, e ainda conquistou a medalha de prata na categoria sub-18 do ISA World Junior Surfing Championship.
Atualmente, Tya lidera o ranking do QS (Qualifying Series) europeu, a terceira divisão do surf mundial. Em setembro, recebeu um wildcard para competir na etapa portuguesa do Challenger Series, onde superou grandes adversárias e chegou até a final. Foi derrotada apenas por Sally Fitzgibbons, veterana australiana e líder do ranking, que garantiu sua requalificação para o CT (Circuito Mundial) ao vencer o evento.
Com uma evolução rápida e consistente, Tyra já é vista como uma surfista única, comparada por muitos a fenômenos raros que surgem apenas uma vez por geração. Sua habilidade de lidar com a pressão e competir em categorias acima de sua idade revela maturidade incomum para uma atleta tão jovem.
A expectativa é de que, em 2025, ela participe integralmente do Challenger Series, consolidando-se entre as grandes promessas da modalidade. A julgar por seu desempenho em Portugal, não será surpresa se Tya garantir uma vaga no CT em 2026.
“Competir sempre me faz crescer. Quero enfrentar as melhores e melhorar a cada bateria”, disse Tya, que encara cada competição como uma oportunidade de evolução. Com pais que entendem como poucos o que é viver a pressão do alto rendimento, ela tem o suporte necessário para continuar progredindo e, quem sabe, se tornar uma das maiores surfistas do mundo.
Tya Zebrowski já provou que tem o talento, a dedicação e o foco necessários para escrever seu nome na história do surf mundial. E, ao que tudo indica, essa jornada está apenas começando. Se você ainda não a conhece, é bem provável que daqui para frente irá ouvir falar cada vez mais dela.