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Três brasileiros avançam na repescagem no Tahiti

Seis brasileiros vão disputar a terceira fase do Billabong Pro Tahiti. Três deles se classificaram nos duelos verde-amarelos da primeira rodada eliminatória do evento, realizado no domingo (21), em ondas inconsistentes de 3-4 pés.

O estreante na elite deste ano, Alex Ribeiro, venceu sua primeira bateria no CT batendo o atual campeão mundial Adriano de Souza. E as outras duas vitórias também foram conquistadas pelos surfistas que estavam na parte de baixo do ranking, com Jadson André derrotando Filipe Toledo e Alejo Muniz despachando Wiggolly Dantas em baterias muito fracas de ondas. Eles se juntam a Gabriel Medina, Italo Ferreira e Bruno Santos, que estrearam com vitórias no sábado.

Acima o recap de Alejo Muniz x Guigui.

Infelizmente, a previsão não é boa para o período do Billabong Pro Tahiti, que vai até 30 de agosto, então as duas primeiras fases aconteceram em condições difíceis e desfavoráveis. Outros dois brasileiros competiram no domingo contra surfistas de outros países e acabaram eliminados em 25.o lugar como Adriano de Souza, Filipe Toledo e Wiggolly Dantas, recebendo o mínimo de 500 pontos e 9.000 dólares pela participação. Caio Ibelli foi barrado pelo australiano Matt Banting e Miguel Pupo perdeu o último confronto do dia para o norte-americano Kanoa Igarashi.



Jadson x Filipe Toledo.

O domingo começou com o lycra amarela de número 1 do Jeep WSL Leader, Matt Wikinson, confirmando o favoritismo contra o convidado do Taiti, Hira Teriinatoofa. Em seguida, aconteceu o primeiro dos três duelos brasileiros da segunda fase. A bateria chegou a ser reiniciada porque não entrou nada de ondas nos 15 primeiros minutos e as condições continuaram terríveis, praticamente sem nenhum tubo que todos esperavam surfar na bancada mais desafiadora do mundo.

 

CLIQUE NA SETA AO LADO DA FOTO PARA AVANÇAR A GALERIA. 

ALEX RIBEIRO: PRIMEIRA VITÓRIA DO ANO

O paulista Alex Ribeiro, que tinha perdido as treze baterias disputadas até ali no seu ano de estreia na divisão de elite da World Surf League, teve mais sorte para conseguir sua primeira vitória, mesmo que por um baixo placar de apenas 6,23 a 5,70 pontos de Adriano de Souza. Mineirinho e Filipe Toledo chegaram a ir para a Indonésia treinar em ondas tubulares especialmente para competir no Taiti, porém não puderam fazer nada em suas baterias, pois as ondas estavam muito pequenas e com pouquíssimos tubos. Ambos não conseguiram tirar nenhuma nota 4,0 pelo menos.

“Estou muito feliz por vencer uma bateria hoje (domingo)”, disse Alex Ribeiro. “As condições estão realmente difíceis lá fora. Nós ficamos esperando, esperando e nada de tubos. Acho que a sorte estava do meu lado e estou feliz em passar para a próxima fase. A pressão era grande, porque o Adriano (de Souza) é um dos melhores competidores do mundo, mas as condições estavam difíceis e eu sabia que tinha de maximizar as minhas oportunidades”.

“As ondas estão bem complicadas hoje, mas isso não é desculpa, porque somos atletas profissionais”, disse Adriano de Souza. “Nós temos que surfar e competir quando as ondas estão incríveis e quando estão ruins também. Temos que saber lidar com o que o oceano nos oferece. Vou voltar para casa e analisar o que eu fiz nessa bateria para ir forte para a próxima etapa em Trestles (EUA). Parabéns para o Alex (Ribeiro), pois surfou bem e boa sorte para ele e para os outros brasileiros que continuam no evento”.

Filipe Toledo perdeu para o potiguar Jadson André, que ainda achou um tubo que valeu nota 5,50 e outro que rendeu um 4,93 para vencer por 10,43 a 6,63 pontos. Já Wiggolly Dantas só surfou sua primeira onda nos 10 minutos finais da bateria contra o catarinense Alejo Muniz, que derrotou o paulista por 11,17 a 6,23 pontos. Os três vitoriosos estão fora do grupo dos 22 primeiros colocados no ranking que são mantidos na elite dos top-34 da World Surf League para o ano que vem e precisam de bons resultados para entrarem na zona de classificação.


TERCEIRA FASE: ITALO N’ÁGUA

A expectativa é de que as ondas estejam um pouco maiores na segunda-feira, com a primeira chamada do dia marcada para as 7h30 no Taiti, 14h30 pelo fuso horário de Brasília.

O potiguar Italo Ferreira abre a terceira fase contra o havaiano Keanu Asing, que barrou o único taitiano da elite no domingo, Michel Bourez. Depois, Alejo Muniz, 28.o do ranking, enfrenta o 11.o colocado, Adrian Buchan, da Austrália, na quarta bateria. E na sexta, o vencedor da triagem, Bruno Santos, volta a se encontrar com o número 1 do Jeep WSL Leader, Matt Wilkinson, australiano que o niteroiense derrotou no sábado.

A chave de baixo do Billabong Pro Tahiti, que vai apontar o segundo finalista, será iniciada com o paulista Alex Ribeiro encarando o vice-líder do ranking, John John Florence, na sétima bateria. Na nona, o potiguar Jadson André enfrenta outro havaiano, Sebastian Zietz. E o campeão mundial Gabriel Medina, fecha a terceira fase contra o australiano Kai Otton. Medina venceu esta etapa em 2014 e foi vice-campeão na final contra o francês Jeremy Flores no ano passado.

O prazo do Billabong Pro Teahupoo começou na sexta-feira, dia 19, e vai até o dia 30 de agosto. Acompanhe as atualizações.


RESUMO DO SÁBADO

O Billabong Pro Tahiti teve início no segundo dia do seu prazo e três brasileiros estrearam com vitórias no mar inconstante do sábado nos tubos de Teahupoo. A primeira foi conquistada pelo potiguar Italo Ferreira, a segunda pelo finalista do Billabong Pro Tahiti nos dois últimos anos, Gabriel Medina, com o vencedor da triagem, Bruno Santos, despachando o número 1 do Jeep WSL Leader, Matt Wilkinson, para a repescagem.

“Estou muito feliz por conseguir passar direto para a terceira fase”, disse Italo Ferreira. “Eu competi numa hora difícil do mar e tentei ficar o mais profundo possível nos tubos que peguei. Certamente as condições vão melhorar para os próximos dias e o bom é que já estou classificado. Espero continuar avançando para conquistar um bom resultado aqui”.

Finalista nos tubos mais temidos do mundo nos dois últimos anos, o campeão mundial de 2014, Gabriel Medina, confirmou o favoritismo contra o americano Conner Coffin e Alex Ribeiro, que continua sem vencer nenhuma bateria neste seu primeiro ano na divisão de elite da World Surf League. Medina é um dos três únicos surfistas que brigam pela liderança do ranking no Billabong Pro Tahiti e surfou o melhor tubo do dia até ali para garantir sua passagem direta para a terceira fase por 13,60 pontos com a nota 8,0 recebida nessa onda.

“Teahupoo é uma onda divertida e eu amo pegar tubos”, disse Gabriel Medina. “Estou me sentindo bem, estou hospedado numa boa casa de uma família daqui do Taiti que faz com que me sinta como se estivesse na minha própria casa. Eu não sinto qualquer pressão quando venho aqui. É um lugar muito bom, com boas ondas, boa comida e pessoas super agradáveis. Tudo isso me deixa mais confortável e eu adoro vir ao Taiti”.


BRUNO SANTOS BARRA WILKO

Dos três surfistas que brigam pela liderança do ranking nesta etapa, o único que estreou com derrota foi o número 1 do Jeep WSL Leader, Matt Wilkinson. Campeão do Billabong Pro Tahiti em 2008, o niteroiense Bruno Santos voltou a vencer a triagem esse ano e surfou os melhores tubos da bateria para superar o lycra amarela e o também australiano Stu Kennedy por 11,90 pontos. Matt Wilkinson agora vai abrir a repescagem contra o taitiano Hira Teriinatoofa e, se ganhar dele, voltará a enfrentar Bruno Santos na terceira fase.

“Eu amo o Tahiti, não apenas Teahupoo, mas o Tahiti mesmo”, disse Bruno Santos. “Com certeza, é a minha onda preferida no mundo e eu adoro este lugar e o povo daqui. Eu me sinto confiante no Tahiti porque todos os meus melhores resultados eu consegui aqui. Para mim, a triagem é como um aquecimento e faz você se sentir melhor e mais forte. É sempre difícil surfar contra os melhores do mundo e os primeiros do ranking, então estou muito feliz por ter começado com vitória, surfando bons tubos na bateria”.


JOHN JOHN: MAIOR SOMATÓRIA DO ROUND 1

Assista acima ao 9.40 do surfista.

O havaiano John John Florence foi o dono dos recordes do campeonato com notas 9,40 e 9,00 na melhor hora do mar em Teahupoo no sábado. “Esse resultado me dá mais confiança ainda para as próximas fases”, disse John John Florence. “Entrei em um bom ritmo com o primeiro tubo e em seguida peguei outro maior ainda, então estou muito feliz por ter conseguido tirar duas notas excelentes. Ter a chance de surfar esses tubos perfeitos com apenas três caras dentro d´água é insano. Só em ficar lá fora e poder pegar boas ondas é incrível, então me sinto mais animado do que pressionado em conseguir um bom resultado. Eu só quero surfar bons tubos nas baterias, sem qualquer pressão”.


TERCEIRA FASE – Derrota=13.o lugar com 1.750 pontos e US$ 10.500 de prêmio:

1.a: Italo Ferreira (BRA) x Keanu Asing (HAV)
2.a: Kolohe Andino (EUA) x Adam Melling (AUS)
3.a: Jordy Smith (AFR) x Matt Banting (AUS)
4.a: Adrian Buchan (AUS) x Alejo Muniz (BRA)
5.a: Nat Young (EUA) x Kelly Slater (EUA)
6.a: Matt Wilkinson (AUS) x Bruno Santos (BRA)
7.a: John John Florence (HAV) x Alex Ribeiro (BRA)
8.a: Josh Kerr (AUS) x Dusty Payne (HAV)
9.a: Sebastian Zietz (HAV) x Jadson André (BRA)
10: Julian Wilson (AUS) x Jeremy Flores (FRA)
11: Joel Parkinson (AUS) x Kanoa Igarashi (EUA)
12: Gabriel Medina (BRA) x Kai Otton (AUS)

SEGUNDA FASE – Derrota=25.o lugar com 500 pontos e US$ 9.000 de prêmio:

1.a: Matt Wilkinson (AUS) 14.17 x 13.50 Hira Teriinatoofa (TAH)
2.a: Alex Ribeiro (BRA) 6.23 x 5.70 Adriano de Souza (BRA)
3.a: Keanu Asing (HAV) 9.67 x 8.57 Michel Bourez (TAH)
4.a: Julian Wilson (AUS) 13.84 x 13.50 Ryan Callinan (AUS)
5.a: Matt Banting (AUS) 10.93 x 8.33 Caio Ibelli (BRA)
6.a: Jadson André (BRA) 10.43 x 6.63 Filipe Toledo (BRA)
7.a: Alejo Muniz (BRA) 11.17 x 6.23 Wiggolly Dantas (BRA)
8.a: Joel Parkinson (AUS) 14.00 x 2.03 Jack Freestone (AUS)
9.a: Josh Kerr (AUS) 12.17 x 11.00 Stu Kennedy (AUS)
10: Nat Young (EUA) 11.40 x 10.10 Davey Cathels (AUS)
11: Dusty Payne (HAV) 14.27 x 13.74 Conner Coffin (EUA)
12: Kanoa Igarashi (EUA) 14.34 x 12.33 Miguel Pupo (BRA)

* Com informações de João Carvalho / WSL

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