Com os Jogos Olímpicos em contagem regressiva e a disputa do surf agendada para acontecer de 27 de julho a 4 de agosto, uma série de ondulações de sul a caminho do Taiti vai fazer com que o mundo do surf volte suas atenções a Teahupoo nas próximas semanas. De acordo com a previsão do site Surfline, o pico está prestes a bombar em condições favoráveis aos atletas que pretendem treinar para o confronto olímpico.
Enquanto no ano passado alguns swells significativos marcaram o final de abril, este ano é esperado um trio de grandes ondulações durante as duas primeiras semanas de maio. Além disso, a próxima etapa da World Surf League (WSL) está programada para acontecer na segunda metade do mês, entre 22 e 31 de maio, trazendo ainda mais destaque para a região.
Antes e após a etapa do mundial, é provável que surfistas olímpicos compareçam ao pequeno vilarejo em preparação para os Jogos Olímpicos de julho, dando início ao que promete ser uma agitada temporada de treinos se extendendo pelos próximos três meses.
O Brasil chega à disputa olímpica com o número máximo de participantes, sendo três no masculino e três no feminino. Entre os representantes masculinos, Gabriel Medina se destaca. Ele conseguiu a última vaga olímpica após vencer o ISA Games Puerto Rico e chega como favorito, tendo em vista seus excelentes resultados na chamada Onda dos Crânios Quebrados. Medina já participou de nove etapas da WSL realizadas em Teahupoo, conquistando o título em 2014 e 2018, além de ter sido vice-campeão em outras quatro ocasiões. O surfista já está se preparando e teve um quiver feito especialmente para Teahupoo. Confira abaixo a explicação de seu shaper, Johnny Cabianca, sobre o que trazem de diferente as novas pranchas do tricampeão mundial:
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Por sua vez, Filipe Toledo, bicampeão mundial, parece ter tirado bom proveito de sua desistência de disputar o Circuito Mundial 2024 para cuidar de sua saúde mental, e vem demonstrando uma confiança renovada em suas habilidades. Com um histórico de oito participações no Taiti, seu melhor resultado foi o terceiro lugar em 2018. Toledo expressou seu otimismo em uma entrevista à Agência Reuters. “Eu vou vencer. Eu acredito nisso“, disse ele. “Todos nós sabemos quem são os melhores surfistas em tubos. John John Florence, Gabriel Medina, Jack Robinson… mas eu também sou bom. Eu posso provar para mim mesmo que sou bom. Tenho trabalhado muito e sinto que posso me provar e espero trazer aquela medalha para casa. Então vai ser divertido.”
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Já João Chianca, que ainda pode ser considerado um novato na elite do surf, mas já foi apontado com uma das forças emergentes em Teahupoo, voltou às competições após um grave acidente em Pipeline, que colocou em dúvida sua participação olímpica. Pra alegria de seus fãs, Chianca apresentou uma excelente performance no Challenger Series Gold Coast Pro, encerrado na semana passada, provando sua recuperação e fortalecendo sua presença na equipe brasileira.
Com a expectativa crescente à medida que as Olimpíadas se aproximam, nos próximos meses o Taiti definitivamente estará na mira de quem acompanha de perto o cenário do surf. Nada poderia ser melhor do que a série de ondulações prevista pelo Surfline para dar início ao que todos esperam que seja uma temporada de treinos olímpicos gloriosa, com os melhores surfistas do mundo dando show em Teahupoo.