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Surfland Brasil – os bastidores do lançamento em Garopaba

Gigantes do surf abraçam a ideia da Surfland Brasil e a HARDCORE acompanhou  o lançamento de perto

Por Marcela Lima

Nesse último fim de semana aconteceu o lançamento da Surfland Garopaba, um empreendimento gigantesco, cuja cereja do bolo é a piscina de ondas com tecnologia da internacional Wavegarden. Um seleto grupo de convidados da imprensa teve o privilégio de acompanhar esse momento de perto – e foi muito bacana ser a representante in loco da HARDCORE.

Saí de São Paulo sábado de manhã cedo e desembarquei em Florianópolis. Um motorista me levou até Garopaba e meu companheiro de viagem foi Renan Rocha, um dos embaixadores do projeto e que também estava vindo de São Paulo. Achei um barato percorrer aqueles 70 quilômetros de estrada, batendo um papo muito bacana com uma fera do surf. Renan, ex-Top CT e hoje narrador das etapas da WSL na ESPN Brasil, que nunca surfou numa piscina, estava empolgado com a ideia.

Era quase meio-dia quando chegamos ao terreno e fazia um dia lindo, com céu azul e um baita sol. No gramado estavam reunidos Gabriel Medina, Fabio Gouveia, Teco Padaratz, Ricardo Bocão e mais uma turma. Eles estavam gravando um vídeo institucional, junto com Fernando Odriozola, diretor comercial da Wavegarden e André Giesta, sócio da Surfland Brasil.

Gabriel Medina: Dia histórico para o surf

Consegui bater um papo rápido com Medina, e de quebra gravei um vídeo dele mandando um salve para a HARDCORE e falando sobre a Surfland. Foi tudo muito rápido, mas eu ainda fiquei pensando naquele momento por alguns instantes. Afinal, foi minha primeira conversa com o nosso bicampeão mundial de surf. Imagino quantos colegas, ou melhor, quantas pessoas gostariam de ter essa chance. Ele me disse que “esse é um dia histórico para o surf e que estava muito feliz de fazer parte do projeto”.

Aproveitei também para gravar uma entrevista exclusiva com o diretor comercial da Wavegarden, Fernando Odriozola, que me contou que já no ano que vem ou 2021 poderemos ter em Garopaba uma piscina capaz de criar 900 ondas por hora, de diferentes tipos, tubulares, pequenas, grandes, para iniciantes ou avançados.

Almoço com a lenda das piscinas

Depois desse momento lá no terreno, fomos almoçar um belo prato de frutos do mar, afinal, estávamos na praia – literalmente, pois Garopaba é um paraíso. Adorei quando de repente o casal Fabinho e Elka Gouveia surgiu no restaurante e juntou-se a nós. Entre um camarão empanado e outro, conversei bastante com Fabinho, que me mostrou as fotos das suas duas cachorrinhas, a Marieta e a Florentina. Descobri ali que temos em comum algumas paixões além do mar: comida e nossas cachorrinhas. Até me permito escrever sobre isso aqui na HARDCORE, pois Fabinho é um cara diferenciado.

Perguntei a ele o que achava dessa nova geração de piscinas com ondas. Fabinho, que já teve a oportunidade de surfar no protótipo da Wavegarden na Espanha, me falou que a tecnologia é bem parecida com o que se tem no oceano e que em 30 minutos de surf ele ficou morto de tanta onda que pegou.

No final da década de 80 e início dos anos 90, quando começou um movimento de surf nas piscinas, o Fabio era sinistro nas ondas artificiais. Em 93 e 94 ele ganhou duas provas em piscina de ondas no Japão.

Durante aquele almoço falei ainda da minha vontade de participar do surf camp dele, que vai acontecer na última semana de julho, The Search House Hostel, em Florianópolis. Se tudo der certo, em breve estarei lá melhorando meu surf com essa lenda.

 

 

Festa de lançamento

Ainda no sábado foi realizado um coquetel de lançamento que contou com as presenças dos embaixadores da Surfland Brasil e centenas de convidados. O céu estava um pouco nublado e mesmo assim foi possível apreciar um belo pôr do sol. Aliás, que festa! Decoração linda, muita comida, música boa e alto astral!

Durante a festa Carlos Burle, um dos embaixadores, bateu um papo comigo e me contou que na opinião dele “o mais interessante desse projeto é o conceito de qualidade de vida”. Segundo o big rider, antes de ser surfista o que ele mais queria era ter qualidade de vida e o surf foi uma ferramenta que ele encontrou para ter acesso a isso.

A minha última entrevista foi com a primeira campeã brasileira de surf, Roberta Borges, que ainda não surfou em piscina de ondas não vê a hora de ter essa experiência. Ela confessou que no início achou “um pouco estranho fazer uma wave pool em Garopaba”, onde mora há 4 anos, porém mudou de opinião. Ela hoje considera uma decisão certa, já que esse lugar respira surf. E eu compartilho do mesmo pensamento.

A cidade atrai muita gente por causa do surf. Eu mesma vim parar aqui, em dezembro de 2017, para surfar na Praia da Ferrugem. Apesar de existirem outras 8 praias na cidade, nem sempre elas estão surfáveis. Ao contrário da piscina, onde não existe uma coisa chamada flat. A união de um grande chamariz para o turismo local com o paraíso natural de Garopaba pode dar sim, muito certo.

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