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Surfista preto tem prancha pregada em árvore e acusa locais na Flórida de racismo

Um surfista afro-americano, chamado Andrew Sherlock Mills, denunciou locais de Jupiter, na Flórida, de atos racistas. O caso veio à tona por meio da conta no Instagram “Black.surfers“, que compartilhou detalhes do caso.

Mills conta que surfava no pico quando foi abordado por um grupo de surfistas brancos. Conforme relatado, eles não apenas roubaram sua prancha, mas também pregaram sua prancha em uma árvore. Para Mills, essa atitude teve conotação racista uma vez que no passado, pessoas pretas eram enforcadas em

Isso é o quão real é o racismo e o ódio em Jupiter, Flórida“, disse Mills ao Black.surfers. Ele compartilhou sua indignação com o tratamento que recebeu e expressou sua determinação em enfrentar a situação: “Eu tirei a prancha (da árvore), voltei para o mar e surfei o dia todo”, revelou.

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A postagem do Instagram do Black.surfers, contudo, também recebeu algumas críticas nos comentários. Uma delas de um alegado local, identificado como @bmurray561. Segundo ele, a atitude agressiva dos locais nada teve a ver com racismo, mas sim uma reação à postura de Andrew Sherlock Mills na água:

Isso está completamente fora de contexto. Os surfistas em Jupiter estão longe de ser racistas. Coloque seus fatos em ordem antes de postar essas coisas e acusar pessoas. Se alguém é perigoso nas ondas, não importa se é branco, negro, roxo ou azul, algo será dito. Como um local aqui, vi esse cara quase machucar seriamente várias pessoas, incluindo crianças. Ele é muito enganador… Age de forma simpática e calma diante das câmeras. Mas, na água, é uma história diferente. Em vez de pedir desculpas, ele tentou brigar com várias pessoas, dizendo “você não quer essa briga”, e ele estava errado. Nós só fomos simpáticos e acolhedores com ele. É terrível que essa página precise inverter a situação e apelar para o fator racial antes de conhecer os fatos. Dito isso, gostaríamos de vê-lo na água aproveitando o mesmo esporte que todos nós fazemos… Só precisa melhorar sua etiqueta de surf”, escreveu.

Polêmicas à parte, o fato é que, infelizmente, a história do surf a partir do século 20 também é marcada por tristes episódios envolvendo atitudes racistas nos EUA que vão desde a proibição de pessoas de surfar em determinadas praias, a falas supremacistas ditas por personalidades do surf. O californiano Miki Dora, muito famoso nos anos 1960 e até hoje cultuado por surfistas, chegou a pintar suas pranchas com a suástica nazista. Curiosamente, a ele também é atribuído o pioneirismo na adoção de atitudes agressivas por parte dos locais em relação aos surfistas de fora.

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