22.1 C
Hale‘iwa
domingo, 28 abril, 2024
22.1 C
Hale‘iwa
domingo, 28 abril, 2024

Sobe o número de mortos em incêndios em Maui

Ao menos 55 pessoas já foram mortas e 1000 permanecem desaparecidas em decorrência dos incêndios que devastaram parte da ilha havaiana de Maui, no Havaí, segundo as últimas informações divulgadas pelas autoridades locais.

“Enquanto os esforços de combate a incêndios continuam, 17 mortes adicionais foram confirmadas hoje em meio ao incêndio ativo de Lahaina. Isso eleva o número de mortos para 55 pessoas”, disse o comunicado.

Horas antes, o governador do Havaí já havia advertido para uma possível revisão no número de mortos. “Você verá o número chegar aos quarenta hoje, pelo menos”, disse o governador Josh Green ao âncora Wolf Blitzer da CNN.

No final da quarta-feira, as autoridades confirmaram o número de mortos de 36 devido aos incêndios florestais devastadores em Maui.

“Em 1960, tivemos 61 mortes, quando uma grande onda atingiu a ilha. Desta vez, é muito provável que nosso total de mortes exceda significativamente isso, receio”, continuou o governador, referindo-se a um tsunami.

“Não temos mais Lahaina. A cidade desapareceu”

Cerca de 1.700 edifícios na cidade histórica de Lahaina provavelmente foram destruídos no incêndio, disse o governador, acrescentando que parecia que “cerca de 80% da cidade se foi”.

Uma das maiores figueiras dos EUA e uma igreja de 200 anos estão entre os amados marcos atingidos pelos incêndios.

Muitas dessas edificações destruídas pelas chamas eram tombadas e tinham elevado valor histórico. Após a unificação das ilhas havaianas feita pelo rei Kamehameha I, no início do século 19, Lahaina foi declarada capital do Reino do Havaí e permaneceu assim até 1845. Durante o século 19, a cidade foi o centro da indústria baleeira mundial, com muitos navios ancorando em sua orla.

Milhares de desabrigados

ajudar incêndio maui
Lahaina vista do alto. Foto: The Maui News/AP

Enquanto o fogo consumia partes inteiras da cidade histórica, milhares de moradores e turistas precisaram fugir de suas casas, buscando segurança.

Segundo o último levantamento, mais de 14.000 pessoas foram retiradas da ilha de Maui na quarta-feira, com outras pessoas sendo removidas ainda nesta quinta. Partes da ilha consideradas seguras estão sendo utilizadas como abrigo para famílias que foram desalojadas pelas chamas.

Espera-se que mais 14.500 pessoas sejam assistidas ou removidas até essa sexta-feria, de acordo com um comunicado de imprensa da Autoridade de Turismo do Havaí.

Boa parte da ilha está sem energia e sem sinal de internet, e os relatos vão aos poucos sendo postados na internet. Até o momento sabe-se que ao menos três surfistas brasileiros residentes em Maui foram afetados pelo incêndio.

O big rider Yuri Soledade teve seu restaurante, o Paia Fish Market, destruído pelas chamas. Ele compartilhou imagens em seu Instagram, revelando a destruição total da região. Ainda assim, através da rede da qual é social, criou um fundo para ajudar as vítimas do incêndio. Doações podem ser feitas AQUI.

Mas Yuri não fui o único surfista brasileiro afetado pelo incêndio. O treinador Pedro Robalinho, conhecido preparar jovens promessas do surf para o circuito mundial, perdeu sua casa e centro de treinamento, incluindo cerca de 50 pranchas.

Situação parecida enfrenta o ex surfista profissional Inaldo Vieira, que atualmente vive em Maui onde atua como instrutor de surf e teve sua escolinha e equipamentos destruídos.

A casa da irmã do surfista profissional brasileiro Philippe Chagas, que mora em Maui desde 2018, também foi completamente destruída, enquanto novos relatos e informações sobre a situação de quem vive na ilha vão sendo reveladas.

Como ajudar

É possível oferecer ajuda às vítimas desse trágico evento e à comunidade que sofreu com os impactos do incêndio, diversas organizações estão disponibilizando a opção de contribuição financeira através da internet. A Fundação Comunitária do Havaí lançou o programa “Fundo Maui Forte” com o intuito de apoiar os moradores que foram afetados por essa catástrofe.

As contribuições em dinheiro são bem-vindas e podem ser realizadas acessando o site www.hawaiicommunityfoundation.org/maui-strong. Adicionalmente, a Maui United Way também está recebendo doações por meio do link www.mauiunitedway.org/disasterrelief.

Ajuda direta a brasileiros

No caso dos surfistas brasileiros, é possível doar diretamente através do site gofundme.com clicando nos links abaixo:

Para ajudar Pedro Robalinho clique AQUI.

Para ajudar Inaldo Vieira clique AQUI.

Para ajudar a família de Philippe Chagas clique AQUI.

Para quem está na região, há espaço para doações de itens não perecíveis, água engarrafada, produtos de higiene pessoal e cobertores no War Memorial Complex das 8h às 18h de quinta-feira. Os locais de coleta estão funcionando no Complexo Memorial de Guerra e nos abrigos temporários. Quem quiser doar deve entrar no complexo pela Avenida Kanaloa e deixar as doações no campo à esquerda.

Depois que o local de doação foi montado no final da manhã de quarta-feira (09), a fila de veículos deixando as doações tinha cerca de um quilômetro de extensão. Caminhões transportavam os alimentos e suprimentos para locais de abrigo.

Os abrigos permanecem abertos no War Memorial Gymnasium em Wailuku, Maui High School em Kahului e Hannibal Tavares Community Center em Pukalani.

Pessoas tentando localizar entes queridos que podem ter sido afetados pelos incêndios podem ligar para a linha direta da Cruz Vermelha Americana em 1-800-733-2767.

Receba nossas Notícias no seu Email

Últimas Notícias