Shark Coat é o nome de uma tecnologia desenvolvida pela BASF e inicialmente utilizada na indústria da aviação, que reproduz a pele de tubarão para minimizar a resistência (atrito). Segundo os inventores, através dessa “pele de tubarão sintética” é possível obter ganho de até 30% de velocidade.
A novidade é que essa tecnologia chegou ao mundo do surf. A Shark Coat, que detém a exclusividade para a distribuição global do produto, desenvolveu uma versão que pode ser aplicada em pranchas de surf, novas ou usadas.
Os fabricantes explicam que seu produto, uma vez aplicado, reduz a resistência entre a prancha de surf e a água, permitindo um aumento considerável na velocidade e, por consequência, na precisão de manobras, desde movimentos de borda até aéreos complexos, implicando diretamente no rendimento de alta performance.
+ Será que a Boa Vista superou a piscina do Kelly como melhor do mundo?
“Quando conheci a tecnologia, criada a partir da observação e estudos sobre os tubarões, os grandes nadadores dos oceanos, pensei imediatamente no surf. Acreditamos que a Shark Coat pode ser um marco na evolução das pranchas de surf e da modalidade, assim como outros inúmeros momentos que marcaram época no que diz respeito à inovação”, diz Valter Pieracciani Msc, fundador e CEO da Shark Coat.
Alguns surfistas profissionais foram convidados para testar o produto e a resposta foi bastante satisfatória: “Até na remada senti que minha prancha estava andando muito melhor”, conta Eric de Souza, após uma sessão de testes na Praia da Macumba.
Ver essa foto no Instagram
Para além do universo profissional, a os fabricantes do Shark Coat afirmam que o produto representa um avanço para surfistas comuns, à medida possibilita um menor esforço físico durante a prática do surf, especialmente na remada, seja no momento do drop ou na hora de enfrentar a arrebentação, resultando em sessões de surf mais produtivas.
Tubarões como fonte de inspiração
O material de divulgação da Shark Coat fala sobre a fonte de inspiração para a criação do produto, aludindo ao fato de que que diversas indústrias se debruçam sobre a observação da natureza para aprimorar tecnologias e avanços que impactam diretamente o dia a dia das pessoas. A BASF observou os tubarões, um dos animais mais rápidos e antigos da cadeia animal, para entender o motivo da velocidade e poder de propulsão. Descobriu-se que a estrutura da pele dos tubarões, composta por “placoides”, é responsável pela dinâmica e arranque, pois reduzem o “arrasto”, tornando a hidrodinâmica mais eficiente.
Assim foi criada esta tecnologia que, a partir da reprodução em laboratório da pele do tubarão, pôde ser aplicada em aviões, resultando na redução drástica de combustível e emissão de CO2. De acordo com levantamento da BASF, a tecnologia foi responsável pela redução na emissão de mais de mil toneladas de CO2 por ano.
Agora adaptada ao universo do surf, tem como princípio aprimorar a remada e impor mais velocidade nas manobras e no momento de entrar na onda. Os fabricantes acreditam a o Shark Coat poderá revolucionar a categoria profissional, à medida que deve contribuir significantemente para o avanço de manobras progressivas, bem como a eficiência em ondas tubulares.
Como funciona a aplicação do Shark Coat na prancha de surf
Shark Coat é uma pele sintética adesiva que deve ser aplicada ao fundo da prancha de surf, criando uma fina camada que reveste a base da prancha. A tecnologia pode ser implantada tanto no final da fabricação da prancha, quanto após a prancha já ter sido usada.
Neste momento do lançamento, a Shark Coat estará disponível para aplicação em São Paulo, capital, além de pontos na Califórnia, Havaí e Austrália. Confira onde você pode encontrar Shark Coat no Brasil: Surf Trip (Moema, SP), Todas as Ondas (Pinheiros, SP) e, em breve nas cidades de Santos, Rio de Janeiro e Garopaba.
Saiba mais em sharkcoatbrasil.com.