Entre os dias 14 e 21 de outubro, a Praia de Itaúna será palco do Corona Saquarema Pro, última etapa do Challenger Series 2023 que definirá quem serão os surfistas que farão parte do Championship Tour em 2024. Além da competição principal, a Liga também promoverá uma série ações e eventos paralelos, entre eles, as “Baterias Legends”, que reunirá nomes que fizeram história no surf brasileiro e mundial.
Entre as lendas confirmadas, destacam-se Victor Ribas e Guilherme Herdy, dois nomes que escreveram a história do surfe brasileiro e que, agora, se preparam para reviver a rivalidade em Saquarema. Além deles, está confirmado o confronto entre Rico de Souza e Otávio Pacheco.
A última vez que Ribas e Herdy se enfrentaram em uma bateria foi em 2004, em uma etapa do Championship Tour nas ondas desafiadoras de Hossegor, na França. Naquela ocasião, Victor levou a melhor, avançando para as oitavas de final e deixando Herdy na 17ª posição. Victor Ribas, em 1999, foi o brasileiro com o melhor ranking final do CT até o primeiro título mundial do país com Gabriel Medina (2014), ao ficar na 3ª colocação.
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“O mais legal de tudo é o reconhecimento da entidade ao lembrar de nós e nos dar essa oportunidade diante do público. A sensação de competir é boa demais, pois acredito que todos nós que vivemos isso no surfe temos o sangue competitivo do esporte”, comenta Victor Ribas.
Os dois surfistas possuem um histórico impressionante de vitórias em etapas do QS, contribuindo significativamente para a ascensão do surfe brasileiro no cenário mundial. Curiosamente, a última vitória da carreira de ambos foi no mesmo evento do Qualifying Series, o Hang Loose Pro Contest em Fernando de Noronha, com Herdy sendo o primeiro campeão nos tubos da Cacimba do Padre em 2000, e Vitinho ganhando a terceira edição no ‘havaí brasileiro’ em 2002.
Na outra bateria, outros dois ícones do surfe nacional marcam presença: Otávio Pacheco e Rico de Souza. Reconhecido como uma “lenda viva e ícone do surfe’, Otávio foi pioneiro ao representar o Brasil e o Rio de Janeiro no Circuito Mundial de Surfe desde o início, em 1976. Até hoje, ele participa de eventos internacionais, nacionais e regionais, competindo nas categorias Master e Legends.
“Participar dessa bateria e surfar com os amigos será emocionante para mim, vestindo uma lycra de competição mais uma vez. O nosso lado atleta e a nossa saga de competidor despertam e isso faz com que eu me sinta mais vivo do que nunca. É uma honra participar desta bateria histórica num evento da WSL, em homenagem às gerações anteriores do surfe, que ajudaram a escrever a história do esporte no Brasil”, afirma Otávio Pacheco.
Já Rico, aos 71 anos, mantém a sabedoria na prancha, com destaque pela conexão com Saquarema, cidade em que, desde pequeno, desafiou as ondas de Itaúna. Além das conquistas como surfista, o experiente atleta segue contribuindo ativamente para o surfe brasileiro ao participar de diversos empreendimentos relacionados ao esporte, incluindo um site de notícias e o recente projeto Aloha Podcast.
“Estou muito orgulhoso da WSL me convidar para fazer uma bateria com Otávio Pacheco, um grande competidor, um surfista espetacular, bom nas ondas pequenas e bom nas ondas grandes. Também é legal porque Saquarema foi onde a gente começou a surfar, sempre competimos, mas um queria ganhar do outro. Essa disputa vai ser bastante motivada e com um bom preparo físico”, completa Rico de Souza.