No dia 20/01/2015, Ricardo dos Santos se despedia do mundo de maneira trágica. Foi assassinado brutalmente na porta de sua casa, na Guarda do Embaú, pelo policial Luiz Mota Brentano, que alvejou o surfista com dois tiros. Ricardinho chegou a ficar internado no hospital, mas não aguentou e faleceu, deixando para trás a família, a namorada e uma legião de fãs.
A revista australiana Stab foi até a Guarda e produziu o documentário que você assiste acima, lançado no dia 28/11. “Remember Ricardo” foi produzido com os amigos e familiares de Ricardinho, e expõe detalhes da vida e da morte do surfista. O filme tem produção e narração de Steven Allain, editor internacional da HARDCORE.
Confira abaixo alguns depoimentos que aparecem na produção:
“O histórico de vida dele formou seu caráter, era um caráter forte. Mas realmente, foi um caráter formado na porrada. Ele estava conseguindo se tornar um cidadão equilibrado. Tinha essa explosão de energia, pegava Teahupoo gigante, em um dia casca, vinha por trás da placa; e no dia a dia, controlava essa explosão – e mantinha harmonia em suas convivências” – Leandro Dora
“Lembro dele como um cara que sempre botava pra baixo. Ele ganhou a Wave Of The Winter, do Surfline, com uma onda insana. Todos fomos pra Jaws e ele pegou um swell que entrou dobrando e triplicando em Pipeline. Foi um tubo perfeito e imenso que ele entubou parado. Esse é o tipo de cara que ele era. É super triste não tê-lo por perto para nos motivar a buscar nossos limites em ondas grandes” – John John Florence
“Ele era um grande surfista, especialmente nos tubos. Realmente botava pra baixo. Foi um dos primeiros brasileiros em Pipe que realmente deixou claro que estava lá pra pegar as melhores do ano. A última onda que o vi pegar foi onda uma enorme na manhã do campeonato, dois anos atrás, em Teahupoo. Sei lá, eu não tinha surfado Teahupoo tão grande fazia tempo e quando vi esta onda chegando, nem sabia se era possível pegá-la. Ele virou e se jogou em queda livre no drop e botou pra dentro do tubo. Não completou a onda, mas fez a parte mais difícil, e aquilo me inspirou para o campeonato, pensei, ‘bem, acho que é possível remar em qualquer onda que aparecer e botar pra baixo.'” – Kelly Slater
“Vou lembrar dele sempre saindo dos tubos, na baforada. São esses lugares, Teahupoo, Fiji e Pipe. O nome dele está escrito na praia, sabe” – Adriano de Souza
Vale lembrar: o caso de Ricardinho vai a júri popular dentro de duas semanas, no dia 15 de dezembro.
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