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Prainha Branca, no Guarujá, pode ter acesso limitado

A Prainha Branca, no Guarujá, pode ter seu acesso a turistas limitados. Com ondas que costumam quebrar tanto de leste quanto de sul, o local, conhecido por ser um paraíso do surf, vem sofrendo com a superlotação.

Em 2019, um estudo revelou que a Prainha Branca já sentia os impactos do turismo excessivo, principalmente durante a temporada. O local, que se destaca não apenas por suas ondas, mas também por sua beleza cênica, enfrenta desafios significativos devido à presença de mais de 30 campings, alguns com capacidade para até 1000 pessoas. Essa superlotação tem gerado problemas relacionados ao descarte de resíduos.

“A associação faz a coleta do lixo duas vezes por semana e fazemos a retirada por barcos. Na temporada, o volume dobra e coletamos três vezes por semana.”, explicou ao Estadão a presidente da Associação dos Moradores da Prainha Branca, Claudenice de Oliveira de Almeida Flávio.

O projeto-piloto para controle da entrada na praia, aprovado pelo conselho gestor da APA, busca encontrar um equilíbrio delicado. “A gente não vai barrar ninguém, vamos ver quantos entram e quantos saem, quanto tempo ficam, para estudar a melhor forma de controle. Precisamos pensar no turista, mas também na população que vive aqui.”, disse Claudenice.

Não há previsão de cobrança de taxa para frequentar a Prainha Branca, mas a prefeitura do Guarujá estuda a criação de uma taxa ambiental para quem visita suas praias, a exemplo de Ubatuba.

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Além da natureza exuberante, o pico tem suas raízes no surf. Reclassificado para o Championship Tour (CT) de 2024, o surfista Deivid Silva, que atualmente mora em Bertioga, é local da Prainha Branca, adicionando um aspecto único à conexão entre o pico e a comunidade do surf.

A Prainha é a última das 27 praias do Guarujá, no extremo norte do balneário, à margem do Canal de Bertioga. O povoamento do local iniciou-se por volta de 1840, com algumas famílias da Ilha Montão de Trigo, em São Sebastião. Hoje, 108 famílias vivem no local, testemunhas do equilíbrio delicado entre a preservação do paraíso natural e as demandas do turismo.

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