25.7 C
Suva
sexta-feira, 22 novembro, 2024
25.7 C
Suva
sexta-feira, 22 novembro, 2024

Peterson Crisanto avança em Haleiwa e confirma vaga no CT em 2019

Peterson Crisanto ultrapassou a barreira dos 19.000 pontos no ranking do QS. Mais seis brasileiros passaram para as oitavas de final na quinta-feira do QS 10000 Hawaiian Pro, em Haleiwa

Por João Carvalho

O paranaense Peterson Crisanto, 26 anos, é a primeira novidade confirmada na “seleção brasileira” que vai disputar o título mundial no World Surf League Championship Tour 2019. Ele garantiu uma das dez vagas do WSL Qualifying Series com a classificação para as oitavas de final do Hawaiian Pro na quinta-feira, ultrapassando a barreira dos 19.000 pontos no ranking. O havaiano Seth Moniz também conseguiu esse feito no confronto seguinte e mais seis brasileiros avançaram nas apenas oito baterias disputadas nas ondas de 4-6 pés, antes das condições do mar se deteriorarem em Haleiwa Beach. A segunda metade da terceira fase foi adiada para a sexta-feira no Havaí.

Peterson Crisanto estava em último na sua bateria e arriscou tudo na onda que pegou nos minutos finais, mandando duas manobras explosivas para igualar a maior nota do Hawaiian Pro esse ano. Com o 8,93 recebido dos juízes, o paranaense pulou para o primeiro lugar e o catarinense Willian Cardoso que estava vencendo, passou em segundo. Quem acabou sendo eliminado foi o havaiano Benji Brand, junto com o australiano Jacob Willcox na segunda dobradinha brasileira vencedora da quinta-feira no QS 10000 de Haleiwa.

Peterson e Willian repetiram a classificação dupla do jovem catarinense Mateus Herdy e do paulista Jessé Mendes na primeira participação do Brasil na terceira fase do Hawaiian Pro. Mateus começou bem com nota 7,67 e depois conseguiu um 6,67 para vencer fácil por 14,34 pontos. O segundo lugar foi definido por décimos de diferença, com Jessé ficando em segundo com 9,64 pontos, contra 9,50 do português Frederico Morais e 9,33 do marroquino Ramzi Boukhiam.

Além dos quatro classificados nas duas dobradinhas, mais três passaram para as oitavas de final. Um foi o defensor do título do QS 10000 que abre a Tríplice Coroa Havaiana, Filipe Toledo, na bateria que acabou sendo a última do dia e eliminou o argentino Santiago Muniz. Os outros foram Miguel Pupo e Bino Lopes, que também avançaram em segundo lugar em confrontos com participação dupla, mas com um sendo eliminado, Caio Ibelli e Ian Gouveia, respectivamente.

Mais sete brasileiros ainda vão disputar a segunda metade da terceira fase, que vai abrir o próximo dia de boas ondas em Haleiwa Beach. A primeira será a da estreia do potiguar Italo Ferreira no Hawaiian Pro, que acabou adiada para as 7h00 da sexta-feira no Havaí, 15h00 no horário de verão do Brasil. Esta será a nona bateria da terceira fase e depois tem os paulistas Victor Bernardo na décima, Deivid Silva na 11.a e Alex Ribeiro na 12.a, o potiguar Jadson André na 13.a e os catarinenses Yago Dora na 15.a e Alejo Muniz na 16.a e última da rodada.

VAGAS NO G-10 – Deivid em sexto no ranking, Jadson em sétimo e Alejo que estava em décimo, ainda vão fazer a primeira defesa das suas vagas no G-10 no QS 10000 de Haleiwa. Na quinta-feira, o neozelandês Ricardo Christie ganhou a penúltima bateria do dia e entrou na zona de classificação para o CT 2019. Ele já ultrapassou Alejo, que caiu para o penúltimo lugar na lista dos dez agora fechada pelo italiano Leonardo Fioravanti, que está na bateria de estreia de Deivid Silva no Hawaiian Pro.

Quem saiu da lista foi o americano Evan Geiselman, um dos adversários de Italo Ferreira no primeiro confronto do próximo dia em Haleiwa Beach. Outros dois concorrentes diretos pelas últimas vagas completam esta bateria crucial por um lugar no CT 2019, o havaiano Tanner Hendrickson em 15.o no ranking e o americano Jake Marshall em 24.o lugar. Essa batalha já aconteceu em todas as oito baterias da primeira metade da terceira fase na quinta-feira.

CONFRONTOS DIRETOS – Na primeira do dia, eram dois australianos na briga direta por vagas no G-10 e o número 9 do ranking, Ethan Ewing, venceu a bateria. Já Jack Freestone, que ocupava a 16.a posição, foi barrado pelo líder do QS, Kanoa Igarashi, japonês que está confirmando seu nome entre os top-22 do CT. Na segunda, Jessé Mendes tentando se garantir pelo QS, saltou de 33.o para 21.o no ranking na primeira dobradinha verde-amarela da quinta-feira em Haleiwa, vencida pelo jovem catarinense Mateus Herdy.

Mais dois brasileiros entraram no confronto seguinte, porém só um se classificou. O baiano Bino Lopes mandou um aéreo animal na junção da onda que pegou no último minuto para ganhar a segunda vaga na vitória do local Finn McGill. O top do CT, Griffin Colapinto, estava passando com o havaiano e foi eliminado junto com o pernambucano Ian Gouveia, que não achou boas ondas e ficou em último. Bino foi dormir na quinta-feira em 26.o no ranking e tem chances de entrar no G-10, mas a condição mínima é chegar na final do Hawaiian Pro.

Aliás, com 20.000 pontos em jogo nas duas etapas do QS 10000 da Tríplice Coroa Havaiana, todos têm possibilidades matemáticas de conseguir um lugar entre os dez primeiros do ranking. Até para ganhar vaga no CT, que é confirmada com 19.000 pontos. Apenas cinco já ultrapassaram essa marca, Kanoa Igarashi e Griffin Colapinto que não estão precisando da classificação pelo QS e as três primeiras novidades já garantidas para 2019, o australiano Ryan Callinan e agora o havaiano Seth Moniz e o brasileiro Peterson Crisanto.

OITAVAS DE FINAL – Peterson e Seth vão se encontrar na terceira oitava de final do Hawaiian Pro, para desafiar dois tops da elite atual, o defensor do título do QS 10000 de Haleiwa, Filipe Toledo, e o australiano Connor O´Leary, que não está conseguindo se manter em nenhum dos dois rankings no momento. Das quatro baterias já formadas com os resultados da quinta-feira, mais duas terão dois brasileiros disputando duas vagas para as quartas de final com dois de outros países.

Na primeira, o catarinense Mateus Herdy e o baiano Bino Lopes enfrentam o taitiano Michel Bourez já garantido no CT 2019 e o australiano Ethan Ewing que está no G-10. E na quarta, tem o catarinense Willian Cardoso também tranquilo para o ano que vem, com três que estão na briga direta pelas últimas vagas, o paulista Miguel Pupo e o havaiano Barron Mamiya tentando entrar na zona de classificação e o neozelandês Ricardo Christie que conseguiu isso na quinta-feira, mas ainda tem que se defender para permanecer na lista.

Quem também se aproximou do G-10 foi o paulista Jessé Mendes, que subiu da 33.a para a 21.a posição no ranking e vai participar da segunda batalha por vagas nas quartas de final, com o líder Kanoa Igarashi e dois havaianos que estão bem mais abaixo na tabela, Finn McGill e Mason Ho. Outros dois brasileiros também estão mais perto da zona de classificação, os paulistas Miguel Pupo que já aparece em 18.o lugar e Alex Ribeiro em 23.o. A única chance para os três entrarem na lista, é chegar nas semifinais do Hawaiian Pro.

Dos dezesseis surfistas que passaram para as oitavas de final na quinta-feira, sete são brasileiros e outros sete ainda vão competir na segunda metade da terceira fase, que ficou para abrir o próximo dia do Hawaiian Pro. A primeira chamada para a nona bateria na sexta-feira é às 7h00 no Havaí, 15h00 no horário de verão do Brasil.

Receba nossas Notícias no seu Email

Últimas Notícias