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O impressionante crescimento digital dos surfistas pós-Olimpíadas

As Olimpíadas de Paris 2024 não só consagraram os melhores surfistas do mundo em termos de desempenho esportivo, mas também redefiniram o posicionamento nas redes sociais para esses atletas. Com o surf estabelecido como esporte olímpico, muitos se perguntavam se os surfistas emergiriam dessas competições como grandes influenciadores digitais. Agora, analisando os números pós-evento, podemos avaliar o impacto das redes sociais para ter uma dimensão da força dos Jogos.

Antes das Olimpíadas, muitos surfistas profissionais que competiram em Teahupo’o já acumulavam seguidores no Instagram, mas o evento, no entanto, foi um verdadeiro catalisador para o crescimento de suas bases de fãs. Os dados mostram um aumento significativo no número de seguidores tanto para atletas masculinos quanto femininos, com os homens liderando em números absolutos. O site australiano Stab fez uma média sobre esse crescimento. Veja as médias:

Mulheres:

  • Média de seguidores antes das Olimpíadas: 117.520
  • Total de seguidores ganhos: 886.100
  • Média de ganho por atleta: 36.921
  • Média de seguidores após as Olimpíadas: 175.370

Homens:

  • Média de seguidores antes das Olimpíadas: 742.950
  • Total de seguidores ganhos: 3.148.200
  • Média de ganho por atleta: 131.175
  • Média de seguidores após as Olimpíadas: 869.958
  • Gabriel Medina ultrapassa estrelas de Hollywood em número de seguidores

Apesar dos números expressivos levantados pela Stab, o fato é que os resultados foram impulsionados pela popularidade avassaladora de Gabriel Medina após a divulgação da “foto das Olimpíadas”. O brasileiro, já consagrado como um dos maiores nomes do esporte, ganhou 2,4 milhões de novos seguidores, representando cerca de 76% do total de seguidores ganhos pelos atletas masculinos do surf. Medina agora conta com 13,8 milhões de seguidores, superando até mesmo astros de Hollywood como Matthew McConaughey e Tom Hardy. Estima-se que cada postagem patrocinada no Instagram possa render a Medina cerca de 50 mil dólares, tornando as redes sociais uma fonte adicional e substancial de renda para o atleta.

Tatiana Weston-Webb final surf olímpico
Tati Weston-Webb lidera o crescimento na base de seguidores nas redes sociais. Foto: William Lucas/COB

Entre as surfistas, Tatiana Weston-Webb se destacou com um aumento de 457 mil seguidores após conquistar a medalha de prata nas Olimpíadas. Isso representa um aumento de 58% em sua base de seguidores, muito acima da média de 21% entre as mulheres e 15% entre os homens. Agora, com 1,1 milhão de seguidores, Tati se consolida como a surfista mais influente entre as mulheres no circuito mundial.

Os surfistas latino-americanos dominaram os números de engajamento durante as Olimpíadas, representando mais de 90% do total de novos seguidores. Além de Medina e Tatiana, outros atletas da região, como João Chianca e Brisa Hennessy, também registraram ganhos significativos.

Mas enquanto os surfistas latino-americanos cresceram exponencialmente, os atletas australianos tiveram um desempenho fraco nas redes sociais. Mesmo com um time forte, que incluía Jack Robinson e Tyler Wright, os australianos conseguiram adicionar apenas 26 mil novos seguidores no total. Nesse sentido, um caso curioso é o de John John Florence, que, pela segunda vez consecutiva disputando as Olimpíadas, não viu mudanças no número de seus seguidores após os Jogos, levantando questões sobre uma possível “shadow ban” no Instagram.

As Olimpíadas de Paris 2024 mostraram seu poder na construção da imagem pública dos atletas. Com Gabriel Medina e Tatiana Weston-Webb liderando esse movimento, o impacto das mídias sociais no esporte é inegável, transformando surfistas em verdadeiros ícones globais.

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