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Nova Pororoca: ondas de 5 metros em quase um terço do litoral do Amapá

Após três anos do sumiço na foz do rio Araguari, parece que enfim a pororoca está de volta, mas ainda não com a força máxima que impressionou o Brasil e o mundo. Em uma expedição de 10 dias pela costa do Amapá (confira a matéria), organizada por órgãos governamentais, de segurança, especialistas e surfistas, foi constatada uma nova rota da pororoca ocupando quase um terço do litoral do estado.

Segundo a equipe de expedição, as novas áreas, ainda mais isoladas ao Leste do Amapá, chamaram a atenção, entre elas, a que ocorre na Vila do Sucuriju, no município de Amapá, que tem ondas impressionantes e que chegam a cinco metros.

O surfista Jim Daves, da Associação de Surf e Standup do Amapá (Assuap), detalhou que as novas ondas acontecem com intensidade em uma área iniciando na Estação Ecológica Maracá-Jipioca, em Amapá, seguindo até as proximidades do Arquipélago do Bailique, em Macapá.

Desde o fim da pororoca no rio Araguari ao leste do estado, em 2014, surfistas amapaenses estão mapeando a região em busca de outros lugares onde o fenômeno acontece. Eles chegaram a encontrar diversos pontos possíveis, mas nenhum com a proporção das ondas que estão ocorrendo no município de Amapá.

Fim da pororoca no rio Araguari

Em 2014, o estrondo assustador da pororoca foi silenciado no rio Araguari, que corta sete municípios amapaenses. O local ficou famoso por causa do fenômeno natural produzido pelo encontro das correntes fluviais com a maré do Oceano Atlântico. Rio e mar se confrontavam, criando uma onda que percorria mais de dez quilômetros. Gente de todo o mundo desembarcava no Amapá em busca da onda perfeita.

Na época, o Instituto Chico Mendes da Conservação da Biodiversidade (ICMBio) disse que a atividade pecuária, principalmente a criação de búfalos, foi a principal causa do fim da pororoca, pois criou valas e canais que drenaram o curso d’água.

Já a Federação de Pecuária do Amapá alegou que as hidrelétricas foram as grandes causadoras do fim do fenômeno natural. Existem canais abertos com até 350 metros de largura, maior que alguns trechos do próprio Araguari.

*Fonte: Globo.com

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