A nove dias das Olimpíadas de Tóquio, apresentamos mais uma integrante do Time Brasil olímpico. Tatiana Weston-Webb, 25 anos, nasceu em Porto Alegre, e com poucos meses de vida se mudou com a família para Kauai, no Havaí.
Ao lado da cearense Silvana Lima, Tati representa a força feminina brasileira na estreia do surf nas Olimpíadas.
Sua mãe,Tanira Guimarães é brasileira e ex-bodyboarder; seu pai, o surfista inglês Doug Weston-Webb, foi criado e radicado nos EUA. Tati era apaixonada por futebol, mas morando no Havaí, o mar acabou tomando grande parte da sua vida.
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“A minha família sempre amou esportes. Crescendo no Kauai, eu sempre tive o mar em volta e [ser sufista] foi uma coisa bem natural. Eu jogava futebol, mas depois eu comecei a surfar —porque eu fazia tudo o que o meu irmão fizesse [risos]. Ele começou a surfar, e segui ele. Mas acabei ficando viciada no surf.”
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Ela jogava futebol e tinha o sonho de ir para o Mundial e se viu em um ponto crucial da vida aos 13 anos, quando a mãe lhe disse que ela poderia ser boa no esporte, mas, para isso, era preciso escolher qual praticar.
“Escolhi o surfe. Com certeza. Porque posso ir quando quiser e ficar quantas horas eu quiser dentro do mar,” disse Tati na época.
Com dupla cidadania, foi escolha de Tati representar o Brasil nos Jogos Olímpicos. “Foi algo que senti de coração. Estou muito orgulhosa.”
Em uma entrevista recente, a atleta disse que é difícil criar expectativas para as Olimpíadas, afinal, para o surf, trata-se de um evento novo, um formato novo e que ninguém competiu ainda.
“Mas eu sei que meu surfe está em um nível alto, que merece estar lá e tem grandes chances de ganhar uma medalha. Esse é meu objetivo. Só há um ano comecei a realmente pensar nisso. Eu sinto muito orgulho de representar o Brasil, foi algo que eu senti no meu coração muito mais do que ser americana. E minha mãe também está muito orgulhosa,” conta a surfista.
Tati, que estreou no circuito mundial da WSL em 2015, vem trilhando um caminho consistente na elite feminina do surf. O ano de 2021, aliás, tem sido o seu melhor entre todos os anos. Nesse ano ela conquistou sua primeira vitória em uma etapa da elite da WSL, no Margaret River Pro, na Austrália.
A surfista chega nas Olimpíadas como quarta colocada do ranking da WSL, e embalada por esse momento ascendente da carreira.
Enquanto não chega o momento da sua estreia nas Olimpíadas – clique aqui e confira o cronograma do surf – você pode assistir, abaixo, a um vídeo recente da surfista pelo Tahiti, antecipando uma amostra do seu talento e apetite por surf: