“No coração do skate não dá pra fingir,” diz Tony Hawk

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Entre 25 de julho e 5 de agosto, o skate faz seu début olímpico em Tóquio nas modalidades street e park. E assim, esse esporte, para nós um estilo de vida consagrado, que já foi até proibido no Brasil, escreve mais um capítulo de sua história repleta de quebras de paradigmas.

Em entrevista recente ao jornalista Steve Keating, o norte-americano Tony Hawk, 53, ícone do skate e um dos papas do skate vertical [ele foi o primeiro a completar um 900, após 11 tentativas], disse que sempre foi pró-Olimpíadas e alertou os praticantes a nunca esquecerem suas raízes.

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Antes visto como esporte de vagabundo, o skate nasceu nas ruas da Califórnia a partir do ímpeto natural de surfistas em busca de adrenalina nos dias sem onda.

Apesar de ser um dos esportes mais praticados em todo o mundo e representar uma injeção de jovialidade para o Comitê Olímpico Internacional (COI) capitalizar, o skate chega à festa olímpica após o snowboarding, ciclismo BMX, vôlei de praia e outros esportes.

Agora parte dos Jogos, muitos acreditam que a Olimpíada precisa mais do skate do que o contrário — incluindo Tony Hawk.

“Acho que é legal termos vindo desta cena subterrânea de contracultura para provavelmente sermos um dos destaques dos Jogos Olímpicos”, disse Tony Hawk à Reuters. “Nunca tive uma postura que fosse anti-Olimpíada. Sempre fiquei mais surpreso por que a tradição não reconhecia o skate como algo que é uma influência positiva e uma válvula de escape positiva.No coração do skate, especialmente suas raízes profundas, não dá para fingir. Os garotos que estão andado de skate veem as pessoas que têm sucesso nisso como legítimas e têm muito respeito por elas.”

Mais informações sobre o skatista aqui.

Aproveite e confira abaixo a pista olímpica do skate, dentro do complexo Ariake Urban Sports Park:

 

Arena do skate e BMX: Ariake Urban Sports Park — Foto: Ge.Globo
Arena do skate e BMX: Ariake Urban Sports Park — Foto: Ge.Globo

Da última fileira da arquibancada, é possível ter a dimensão das pistas de street e park, que ficam lado a lado, com um belo cenário de fundo da famosa ponte “Rainbow Bridge” . Os sete mil lugares distribuídos na arquibancada provisória estarão vazios para a estreia do skate nas Olimpíadas de Tóquio, como em todos os esportes após proibição da presença de público por causa da pandemia.

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