A ministra do esporte da França, Amelie Oudea-Castera, descartou a possibilidade de transferir os eventos de surfe das Olimpíadas de Teahupo’o, no Taiti, para outro local, mesmo após danos ambientais ocorridos à bancada de coral durante testes na semana passada no Taiti.
No centro da polêmica está a construção da nova torre de alumínio, para acomodar juízes e imprensa, potencialmente prejudicial à bancada de coral de Teahupo’o e à toda vida marinha em seu entorno, motivo pelo qual a comunidade local é contrária ao empreendimento.
Após o ocorrido, o presidente da Polinésia Francesa, Moetai Brotherson, questionou se os eventos poderiam ocorrer no local, enquanto autoridades de duas localidades na França continental, Lacanau e La Torche, afirmarem que poderiam sediar o evento.
No entanto, Oudea-Castera rejeitou a ideia de mudar as disputas olímpicas de surf do Taiti para outro lugar: “Não, não há Plano B“, disse ela a repórteres. “Estamos neste caminho, que é realmente o correto.”
A ministra disse também que foram feitas mudanças no projeto original para reduzir os impactos com a construção da torre: “Estamos no caminho certo para ter uma nova torre de juízes, redimensionada, que corresponde às solicitações feitas pelos locais“, acrescentou. Em meados de novembro, os organizadores e o governo polinésio revisaram seus planos com um projeto de torre mais leve para “limitar os danos ambientais“.
Oudea-Castera reconheceu, no entanto, que o teste foi menos do que satisfatório. “Houve um teste que obviamente não foi bem preparado e não pôde ser conduzido adequadamente“, disse ela. “E, infelizmente, danificou partes de corais, o que é obviamente completamente lamentável.”
“A próxima etapa deve ser meticulosamente preparada“, concluiu.
Com informações de AFP.