Faltam poucos dias para o início do J-Bay Open, sexta etapa do Circuito Mundial de surfe, com janela de 6/7 a 17/7 em Jeffrey’s Bay, África do Sul.
No ano passado o evento foi paralisado na bateria final, que era disputada entre Mick Fanning e Julian Wilson, por conta de um ataque de tubarão sofrido por Fanning. O australiano ganhou as manchetes do mundo inteiro com o episódio, transmitido mundialmente em tempo real pela WSL (assista acima), e felizmente saiu ileso do encontro em que os especialistas disseram ser um grande tubarão branco de quatro metros de comprimento.
Depois do ataque do tubarão, o tricampeão mundial Mick Fanning viu o seu adversário principal ao título mundial, o brasileiro Adriano de Souza, vencer seu primeiro título mundial. Fanning ainda teve que lidar com a morte do irmão às vésperas da disputa de título com Mineiro, durante o Pipe Masters (mais aqui).
Depois de comunicar que teria um 2016 “sabático” – leia a matéria completa aqui -, Mick Fanning se comprometeu a participar de algumas etapas desse ano, e J-Bay foi uma delas.
“Quando decidir que iria para apenas alguns eventos dessa temporada, J-Bay era sempre carta dentro do baralho. Mesmo que eu decidisse não surfar no J-Bay Open, eu sempre voltaria ao tour. Tenho tantas memórias boas de lá que deixar de correr a etapa não me pareceu correto. Quero voltar e acertar os erros e seguir em frente.”
Para esta temporada, a WSL aumentou a segurança dentro d’água, colocando mais jet skis no line up. “Confio na WSL e nas medidas que eles adotaram. Penso positivo e estou ansioso para voltar. A primeira queda vai ser um pouco estranha. Já surfei em muitos picos diferentes e já vi alguns tubarões desde então, e não fiquei muito preocupado. Tudo isso faz parte do surfe. Nós não vamos lá colocar uma gaiola no outside. Queremos surfar a onda e manter todos seguros é uma medida coletiva tomada entre a WSL e os surfistas.”
Muito se especula a respeito do retorno de Fanning às competições. Sobre o assunto, tudo que o atleta disse foi: “2016 tem sido muito divertido para tirar um tempo para descansar e fazer coisas diferentes. Tem sido muito realizador ir a lugares que nunca fui. Fiz um esforço pra me distanciar do circuito. Até chegar 2017, não consigo te falar agora se estarei de volta para todas as etapas ou apenas algumas. Provavelmente não consigo dizer o que pode acontecer em um mês. Não sei. Gosto da liberdade de fazer coisas diferentes e não ter uma agenda nesse momento.”
Confira abaixo as baterias do Round 1 do evento:
1: Mick Fanning (AUS), Conner Coffin (USA), Alejo Muniz (BRA)
2: Italo Ferreira (BRA), Miguel Pupo (BRA), Ryan Callinan (AUS)
3: John John Florence (HAW), Kanoa Igarashi (USA), Keanu Asing (HAW)
4: Adriano de Souza (BRA), Josh Kerr (AUS), Kai Otton (AUS)
5: Gabriel Medina (BRA), Dusty Payne (HAW), Alex Ribeiro (BRA)
6: Matt Wilkinson (AUS), Davey Cathels (AUS), Steven Sawyer (ZAF)
7: Filipe Toledo (BRA), Kelly Slater (USA), Matt Banting (AUS)
8: Adrian Buchan (AUS), Kolohe Andino (USA), Jadson Andre (BRA)
9: Jordy Smith (ZAF), Wiggolly Dantas (BRA), Adam Melling (AUS)
10: Caio Ibelli (BRA), Joel Parkinson (AUS), Jeremy Flores (FRA)
11: Julian Wilson (AUS), Nat Young (USA), Jack Freestone (USA)
12: Sebastian Zietz (HAW), Michel Bourez (PYF), Stuart Kennedy (AUS)
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