O australiano Mick Fanning é o campeão do J-Bay Open 2016!
Depois de ter sido atacado por um tubarão na final do evento no ano passado, o australiano encarou os medos e decidiu participar do evento nesse ano sabático, em que o surfista corre apenas algumas etapas do tour (mais detalhes aqui).
CLIQUE NA SETA LATERAL PARA AVANÇAR A GALERIA.
FINAL CONTRA JOHN JOHN FLORENCE
A decisão do título do J-Bay Open começou com Mick Fanning ganhando nota 7,17 em sua primeira onda, mas John John Florence respondeu com um aéreo seguido por duas manobras agressivas que valeram 8,50. O australiano logo acha outra boa onda para fazer mais uma vez o seu surfe impecável, usando a borda da prancha para abrir grandes leques de água e garantir um excelente 9,93 na melhor apresentação do sábado em Jeffreys Bay. Florence ainda tentou a vitória com um áereo reverse, mas não foi suficiente para tomar o primeiro lugar do australiano. O havaiano ainda voou em outra onda para tirar nota 8,63, mas Fanning conseguiu um 7,77 para fechar o placar em 17,70 a 17,13 pontos.
“Estou realmente feliz por estar de volta aqui este ano e em fazer a final contra o Mick (Fanning)”, disse John John Florence, que estava contundido quando rolou a etapa sul-africana no ano passado. “Eu não estava aqui quando tudo aquilo com o tubarão aconteceu, então ver o Mick vencer agora é muito inspirador. Estou contente por estar em segundo no ranking agora, mas realmente não estou pensando sobre pontos, apenas evento por evento. Espero poder surfar algumas grandes ondas no Taiti e em Trestles, competir bem na perna europeia também e não vejo a hora de chegar o Pipe Masters”.
RANKING: JOHN NA CORRIDA PELO TÍTULO, MEDINA NA BOTA
Com o vice-campeonato no J-Bay Open, John John Florence tirou a segunda posição no Jeep WSL Ranking do brasileiro Gabriel Medina. Os dois novamente são os únicos com chances matemáticas de tirar a lycra amarela de número 1 da temporada do australiano Matt Wilkinson no Billabong Pro Teahupoo do Taiti.
O atual campeão mundial Adriano de Souza subiu do quinto para o quarto lugar e a quinta posição ficou agora para Mick Fanning, seguido pelo potiguar Italo Ferreira. Com o quinto lugar na África do Sul, Filipe Toledo subiu de 17.o para a 13.o no ranking, ficando entre o 12.o colocado, Caio Ibelli, e o 14.o, Wiggolly Dantas. Já o também paulista Miguel Pupo continua fechando o grupo dos 22 que são mantidos na elite para o Samsung Galaxy World Surf League Championship Tour 2017.
Acima o caminho de Fanning rumo a final do J-Bay Open.
MEDINA E TOLEDO: FIRME ATÉ AS QUARTAS
Gabriel Medina foi o primeiro brasileiro a cair n’água, contra o australiano Julian Wilson, pela terceira bateria da semifinal.
O brasileiro tirou o high score da bateria – 8.33; assista acima – mas perdeu precisando da segunda nota e terminou o confronto com 11.93 (8.33 e 3.60) contra 12.33 (5.83 e 6.50) de Wilson.
O campeão mundial de 2014 abriu a bateria numa longa direita, detonada por uma série incrível de nove manobras potentes, para largar na frente com nota 8,33. Só que depois Medina ficou um tempão sem pegar ondas e Julian Wilson liderava com apenas 10,83 pontos. A segunda onda do brasileiro foi surfada nos 5 minutos finais e valeu 2,5 para igualar o placar e ficar em primeiro no desempate pela maior nota. O australiano precisava de 5,01 pontos e esperou até o último minuto para pegar sua onda derradeira, que foi sua melhor onda do confronto.
Faltando 30 segundos para o término, Medina tentou a virada com uma onda menor. A nota de Julian não havia saído ainda e Medina precisava de 4 pontos para virar. O surfista deferiu sucessivas manobras de backside que não foram páreo para a onda de Julian.
No final, o australiano recebeu 6,50 por sua última onda – contra os 3,60 pontos de Medina – para conseguir 12,33 pontos contra 11,93 do brasileiro.
“Todo mundo é difícil de bater e todo mundo quer vencer”, disse Gabriel Medina. “O John John (Florence), o Filipe (Toledo) e todos os caras do Tour querem ganhar. Tenho sorte por ter conseguido meu primeiro título mundial dois anos atrás e todos nós continuamos lutando, que é o que torna a competição emocionante. É bom ver o John John e o Wilko (Matt Wilkinson) surfando bem, então acho que a disputa esse ano será realmente emocionante até o final”.
Já Filipinho teve como algoz o campeão do evento, encerrando as baterias da semifinal.
O local de Ubatuba surfou bem, mas Fanning estava inspirado: somou 9.27 e 8.37 contra 8.67 e 7.73 de Toledo para conquistar a vaga para a semifinal com 17.64 contra 16.40 do brasileiro.
O australiano começou com 7,67 com seu surf de borda na primeira onda e Filipe recebeu 7,73 pela velocidade e variedade de manobras modernas. Na seguinte, Filipe já inicia a onda com um aéreo perfeito, emendando uma manobra fortíssima e outra na junção para arrancar 8,67 dos juízes, a maior nota do sábado até ali. Fanning demorou um pouco para pegar outra onda, mas escolheu bem e descolou 9,27 com uma amostra do seu surf clássico – e a liderança por 16,94 a 16,40.
Ainda faltavam 20 minutos para o término da bateria e ambos pegaram ondas que não mudaram o resultado, até Fanning escolher outra longa direita com potencial para fazer uma série de manobras e tirar 8,37. Filipe precisava de 8,98 pontos e seguiu arriscando nos aéreos na tentativa de virar o placar, mas não foi dessa vez e Fanning avançou com 17,64 contra 16,40 de Filipinho.
“Claro que eu gostaria de ter passado a bateria, mas o quinto lugar foi um bom resultado para mim também”, disse Filipe Toledo. “Estou muito feliz em fazer uma boa bateria contra o Mick (Fanning), pois é sempre emocionante surfar contra ele. Depois da contusão, agora estou treinando mais forte, olhando para a frente à procura de bons resultados. Estou indo agora para a Califórnia disputar o US Open of Surfing e depois viajo para a Indonésia antes do Taiti, para passar umas duas semanas surfando lá. Vou treinar muito para tentar fazer melhor em ondas tubulares como as do Taiti e de Pipeline”.
Assista ao 9.27 de Fanning:
Acompanhe as atualizações.